Não se sabe se é o sol entre nuvens e o termômetro marcando 31°C ou o medo de arrastões que ocasionou o baixo movimento de banhistas nas areias das praias da zona sul do Rio, na manhã deste sábado (26).

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Passadas seis horas do início do patrulhamento da operação verão, antecipada em três semanas após os assaltos a banhistas no último final de semana, a polícia militar afirmou que o patrulhamento segue com tranquilidade e sem apreensões de menores.

Desde às 6h, a PM reforçou o policiamento nas praias da orla carioca e nos seus acessos para evitar arrastões como os que ocorreram no último final de semana. Ao todo, foram feitos 17 pontos de bloqueio em bairros de acesso, com mil agentes de diferentes órgãos.

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Localizado na divisão das praias de Copacabana e Ipanema, o Arpoador é o local onde há reunião dos chamados coretos, que na gíria do morro denomina os grupos que praticam assaltos.

Uma torre de observação e um carro do centro de comando e controle da Polícia Militar está no local. Apesar do reforço, os banhistas se precaveram.

“Não trouxe nada de valor para a praia. Deixei corrente e celular caro em casa. Confio no policiamento, mas mesmo com tanto policial não duvido que possa ser assaltada”, disse a dona de casa Ângela Martins, 55, moradora da Penha que está na praia com sobrinhos e a irmã. Um helicóptero também sobrevoa a orla.

Paralelamente ao patrulhamento, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI), diz ter em mãos o monitoramento de alguns do principais perfis publicados em redes sociais que promoveram manifestações por justiçamentos ou ataques orquestrados a banhistas.

“É fundamental identificar aqueles que agiram dessa forma. Ao serem presos, não poderão alegar a legítima defesa a terceiros ou negar roubos, por exemplo, já que teremos provas das ações pensadas”, afirmou o delegado Alessandro Thiers, titular da delegacia.

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No último final de semana, 28 menores foram apreendidos após assaltarem banhistas.