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águas de junho

Em Goioxim, vida continua difícil

Na casa de João Batista de Lima, na zona rural de Goioxim, a água chegou a 1,6 metro | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Na casa de João Batista de Lima, na zona rural de Goioxim, a água chegou a 1,6 metro (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

As famílias desalojadas pela rápida subida das águas do Rio Juquiá em Goioxim, no Centro-Sul, ainda tentam voltar à vida normal quase 15 dias depois da inundação causada pela chuvarada que caiu na região entre os dias 7 e 8 desse mês. No total, mais de 7,5 mil pessoas, praticamente todos os moradores da cidade, foram afetadas. Quarenta delas ficaram desalojadas, segundo a Defesa Civil. Essas famílias voltaram para casa, mas é difícil esquecer o pânico causado pela necessidade de abandonar a casa e todo o mobiliário para trás.

"Cada temporal que dá eu penso que vai alagar tudo de novo", conta Rosinei Pereira de Lima, de 32 anos. Ela mora com o marido e três filhas adolescentes na Vila Lara, comunidade rural a cerca de dois quilômetros do núcleo urbano de Goioxim. O medo passou a ser presença constante na vida da dona de casa, que tenta superar o que aconteceu apesar da estrutura da casa de madeira ter ficado comprometida e os móveis inutilizados pela água ainda estarem do lado de fora da residência.

O esposo de Rosinei, João Batista de Lima, 66 anos, estima que a água do rio subiu mais de cinco metros. Na residência do casal, tudo abaixo de 1,6 metros foi perdido e o prejuízo é estimado em mais de R$ 5 mil. "Em oito anos que moro aqui nunca aconteceu isso", lamenta o aposentado.

O motorista de caminhão Clauderi Madeira também teve prejuízo próximo a R$ 5 mil com a inundação. A casa dele fica próxima da ponte sobre o Rio Juquiá, na entrada da cidade. Segundo ele, quando a cabeceira da ponte estourou com a pressão da água represada o alagamento diminuiu. "Voltamos na segunda-feira (9 de junho), mas ficamos quase 15 dias ilhados, sem ligação com Guarapuava". A ponte foi reconstruída na semana passada.

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