11 mortes foram registradas no estado em razão das inundações, enchentes e deslizamentos causados pelas fortes chuvas que caíram entre os dias 6 e 8 de junho. Segundo a Defesa Civil estadual, em todo o Paraná, foram contabilizados também 226 pessoas feridas. Atualmente, o Paraná tem 149 municípios em situação de emergência.
Balanço
Número de pessoas afetadas no estado passa de 810 mil
Pelo menos 810.165 pessoas foram prejudicadas pelas chuvas que atingiram o Paraná no início de junho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil estadual, divulgado ontem. Dessas, 2.585 ainda estão desabrigadas e continuam em alojamentos públicos, e outras 28.300 permanecem desalojadas, na casa de parentes ou amigos.
Atualmente, o Paraná tem 149 municípios em situação de emergência. Destes, 147 foram incluídos em decretos do governo do estado e já obtiveram reconhecimento federal. Ao todo, 155 municípios foram afetados.
Os municípios de Cafezal do Sul e Matelândia decretaram situação de emergência de forma individual. A cidade de União da Vitória, no Sudeste do estado, decretou calamidade pública.
União da Vitória
A cidade de União da Vitória foi a mais atingida pela chuva. De acordo com o boletim da Defesa Civil, 12.152 pessoas ainda estão desalojadas e 520 permanecem em abrigos. Pelo menos 52.616 pessoas foram atingidas pela chuva na cidade. O município ainda está sem energia elétrica (cortada pelo risco de curto em contato com a água da inundação), transporte e abastecimento de água.
As famílias desalojadas pela rápida subida das águas do Rio Juquiá em Goioxim, no Centro-Sul, ainda tentam voltar à vida normal quase 15 dias depois da inundação causada pela chuvarada que caiu na região entre os dias 7 e 8 desse mês. No total, mais de 7,5 mil pessoas, praticamente todos os moradores da cidade, foram afetadas. Quarenta delas ficaram desalojadas, segundo a Defesa Civil. Essas famílias voltaram para casa, mas é difícil esquecer o pânico causado pela necessidade de abandonar a casa e todo o mobiliário para trás.
"Cada temporal que dá eu penso que vai alagar tudo de novo", conta Rosinei Pereira de Lima, de 32 anos. Ela mora com o marido e três filhas adolescentes na Vila Lara, comunidade rural a cerca de dois quilômetros do núcleo urbano de Goioxim. O medo passou a ser presença constante na vida da dona de casa, que tenta superar o que aconteceu apesar da estrutura da casa de madeira ter ficado comprometida e os móveis inutilizados pela água ainda estarem do lado de fora da residência.
O esposo de Rosinei, João Batista de Lima, 66 anos, estima que a água do rio subiu mais de cinco metros. Na residência do casal, tudo abaixo de 1,6 metros foi perdido e o prejuízo é estimado em mais de R$ 5 mil. "Em oito anos que moro aqui nunca aconteceu isso", lamenta o aposentado.
O motorista de caminhão Clauderi Madeira também teve prejuízo próximo a R$ 5 mil com a inundação. A casa dele fica próxima da ponte sobre o Rio Juquiá, na entrada da cidade. Segundo ele, quando a cabeceira da ponte estourou com a pressão da água represada o alagamento diminuiu. "Voltamos na segunda-feira (9 de junho), mas ficamos quase 15 dias ilhados, sem ligação com Guarapuava". A ponte foi reconstruída na semana passada.
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