Guardas municipais de Curitiba, que estão em greve desde segunda-feira (23), saíram em passeata da Praça Tiradentes, no Centro, até a sede da prefeitura, no Centro Cívico. Os grevistas, organizados pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), fizeram novamente um apitaço na manhã desta terça na Praça Tiradentes e saíram em passeata por volta das 11h15, com faixas e carro de som. De acordo com o sindicato, entre 800 e mil pessoas participam da manifestação. A Polícia Militar (PM) não tem informações sobre a quantidade de pessoas na passeata, mas de acordo com o Sismuc, mais de 900 pessoas participaram do ato.
Os manifestantes prometem permanecer em frente à Prefeitura até serem recebidos pelo prefeito Beto Richa. Segundo o Sismuc, a Prefeitura confirmou uma reunião com o comando de greve para as 17 horas desta terça. A expectativa dos grevistas é de que o prefeito apresente uma nova proposta à categoria. Se isso não acontecer, a tendência é de que os guardas permaneçam em greve, segundo o Sismuc.
A Prefeitura, no entanto, não confirma a realização da reunião. De acordo com a assessoria de imprensa, como a paralisação foi proibida por determinação judicial, os procuradores municipais avaliando se a negociação com o comando de greve seria coerente.
Paralisação
O Sismuc afirma que a adesão à greve atinge 70% dos guardas municipais e destaca que está cumprindo a lei, que determina que 30% do efetivo permaneça trabalhando. A Prefeitura contesta e aponta que cerca de 80% dos guardas não se apresentaram ao trabalho nesta terça. Com isso, foram registrados problemas em razão bairros Bairro Novo, Pinheirinho e Santa Felicidade. De acordo com a Prefeitura, sem a segurança dos guardas, 16 Armazéns da Família não abriram suas portas nesta terça. Escolas municipais e unidades de saúde também ficaram sem vigilância.
A Prefeitura acusa os grevistas de tentarem impedir a manutenção dos trabalhos. Pneus de veículos da Guarda Municipal teriam sido esvaziados pelos grevistas e piquetes também teriam sido realizados. O sindicato, por outro lado, afirmou que no Bairro Novo alguns guardas foram ameaçados de punição caso aderissem à paralisação.
Multa
O Sismuc informou que recorreu da decisão do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Roger Vinícius Pires de Camargo Oliveira, que, na sexta-feira (19), proibiu a greve dos guardas municipais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao sindicato. Ainda não houve resposta ao recurso do sindicato. Caso não seja aceito, o Sismuc afirmou que manterá a greve e irá pagar a multa.
Reivindicações
A categoria reivindica piso salarial de R$ 1,3 mil, mais gratificação de 50% sobre o salário-base. A proposta da prefeitura é de aumento real de 6%. Hoje o salário inicial é de R$ 710, mais 50% de gratificação de segurança, o que eleva a remuneração para R$ 1.066.
Os guardas municipais fizeram uma vigília e montaram acampamento desde o dia 1.º de fevereiro em frente à prefeitura de Curitiba. O objetivo era pressionar a administração municipal para avançar nas negociações.
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