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Urbanismo

Em Maringá, traçado foi incorporado ao projeto de reurbanização

A linha férrea em Maringá faz parte do projeto do Novo Centro e não será deslocada do centro para a periferia ou zona rural. "Esta é uma obra de referência nacional", avalia o diretor da Urbanização de Maringá (Urbamar), Diniz Afonso. "As cidades se desenvolvem ao longo das ferrovias, que depois passam a ser um incômodo e são jogadas para a periferia. Aqui em Maringá é diferente", avalia.

O Novo Centro começou a ser discutido em 1979 com o então prefeito João Paulino Vieira Filho. Os projetos saíram na gestão de Said Ferreira em 1982, o pátio de manobras dos trens foi retirado em 1986 e a estação ferroviária demolida em seguida. As obras do Novo Centro começaram no ano passado com um convênio entre a prefeitura e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). O orçamento de R$ 45,5 milhões tem R$ 9,1 milhões de contrapartida do município.

O projeto prevê o rebaixamento da linha férrea na região central em uma extensão de sete quilômetros, a construção de uma avenida neste trecho, mais a implantação de sete viadutos. A Urbamar anuncia que o governo federal liberou esta semana R$ 5,1 milhões para a retomada das obras em janeiro, com a previsão de inauguração em 2008.

Mas a adequação urbana aos trilhos de trem que cortam a cidade sempre foi alvo de polêmica e ações judiciais. A maior parte delas envolvendo a Companhia Norte Melhoramentos, que cedeu o terreno do pátio de manobras para a rede ferroviária. A discussão jurídica questionava se a área deveria ser devolvida à Cia Melhoramentos ou repassada ao poder público.

Depois da retirada do pátio de manobras, o rebaixamento dos trilhos é aguardado com expectativa por diversos setores da sociedade. As cancelas nas passagens de nível e o barulho do trem contribuem para o estresse dos motoristas, além de aumentar o risco de acidentes, na avaliação do diretor de Trânsito, Luis Miura. O rebaixamento também promete aquecer o mercado imobiliário na região do Novo Centro. Hoje são 20 prédios com mil apartamentos em construção com custo entre R$ 700 a R$ 1 mil o metro quadrado.

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