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rompimento

Em MG, 5,7% das barragens não tinham condições de estabilidade; local de acidente era considerado seguro

O Banco de Dados de Barragens da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) de Minas Gerais revelou que, em 2014, apenas 5,7% das 754 estruturas cadastradas foram consideradas “sem garantia de estabilidade” ou sem conclusão do auditor, por falta de insumos. Isso quer dizer que 94,3% de todas as barragens do estado foram consideradas estáveis, incluindo todas as estruturas do município de Mariana, onde aconteceu o acidente no distrito de Bento Rodrigues.

Em Minas Gerais, das 754 barragens cadastradas pela FEAM, 450 são de empresas que trabalham com atividades de mineração. O restante está vinculado a destilarias de álcool e indústrias. O levantamento mostra que a cidade de Mariana possui 24 barragens ou diques relacionados à mineração. Apenas a Barragem Captação e o Dique do Retão, pertencentes à Vale do Rio Doce, não tiveram a estabilidade garantida pelo auditor. Das oito barragens e diques da empresa Samarco Mineração, apenas a Barragem da Pilha de Estéril João Manoel – B2 não obteve qualquer classificação da fundação. As demais tiveram a estabilidade garantida. A barragem do Germano, que se rompeu, era considerada classe 3, de alto potencial de dano ambiental.

Fiscalização

A mineradora Samarco, que pertence à brasileira Vale e à australiana BHP, afirmou que o conjunto de barragens no município de Mariana, em Minas Gerais, foi alvo de fiscalização em julho deste ano e encontrava-se em “total condição de segurança”.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Samarco informou que a inspeção foi realizada pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM), órgão ligado ao governo do estado de Minas Gerais.

Procurada pela reportagem, a Vale informou que não vai se manifestar no momento sobre o rompimento das barragens da Samarco que devastou o distrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana.

De acordo com o comunicado da Samarco, a represa em Mariana era composta por quatro barragens batizadas de Germano, Fundão, Santarém e Cava do Germano. Todas estariam com as devidas licenças de operação, segundo a mineradora.

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