O governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamou de "baderneiros" os manifestantes envolvidos com atos de depredação durante o protesto de terça-feira (11) contra o reajuste das passagens do transporte público em São Paulo.
O prefeito Fernando Haddad (PT) também criticou os atos de violência que ocorreram em São Paulo e que foram deflagrados, segundo ele, por "pessoas inconformadas com o Estado democrático de direito".
Tanto Haddad quanto Alckmin defenderam os reajustes na tarifa de ônibus, trens e metrô por estarem abaixo da inflação e criticaram os manifestantes que tiveram envolvidos em destruição e confrontos. Os dois participaram agora há pouco de uma solenidade em Paris, onde foi apresentada da candidatura de São Paulo à Expo 2020.
"É intolerável a ação de baderneiros e de vândalos destruindo o patrimônio público e devem pagar por isso. É patrimônio coletivo. Destruir ônibus, que é exatamente para servir a população, é inaceitável", disse o governador.
Segundo ele, a polícia vai identificar os responsáveis por atos de violência, que devem ser punidos.
O prefeito disse que a manifestação corria pacificamente até um determinado momento em que parte dos manifestantes começou a provocar o confronto.
Alckmin elogiou o trabalho da polícia e disse que os responsáveis por atos de violência serão identificados e punidos."A liberdade de expressão está sendo garantida, mas as pessoas não estão fazendo uso adequado dessa liberdade de expressão. Os métodos não são aprovados pela própria sociedade", disse Haddad.
O prefeito criticou uma parte dos manifestantes que, depois que o protesto corria pacificamente, passou a provocar distúrbios.
"Pessoas inconformadas com o Estado democrático de direito passam a adotar um outro tipo de postura de provocação, intimidação, agressão e depredação", declarou.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) também comentou as cenas de violência de ontem em São Paulo: "A liberdade que a Constituição garante é a liberdade de expressão, não de agressão".
O protesto
A manifestação realizada ontem reuniu 5.000 pessoas, segundo a PM, e foi a mais violenta em comparação com os dois protestos que ocorreram na semana passada. Ontem, dois ônibus parcialmente incendiados, agências bancárias e lojas depredadas e 20 pessoas detidas.
As ruas da região central da capital viveram um clima de guerra durante o protesto, que durou mais de cinco horas. Manifestantes lançaram pedras e paus contra a PM, que revidou com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás pimenta. Segundo a PM, grupos atiraram até coquetéis molotov contra os policiais.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião