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Brasília – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, 59 anos, defendeu ontem a profissionalização do funcionalismo público – o que justificaria maior número de cargos comissionados para os já concursados – e negou que seja uma possível candidata a assumir o Palácio do Planalto em 2010. As declarações foram dadas durante uma sabatina do jornal Folha de S.Paulo.

Dilma ainda disse que o PT deve ter um candidato próprio para a Presidência, criticou o "choque de gestão" dos governadores do PSDB, reclamou do excesso de crítica negativa sobre o governo federal na mídia e evitou fazer ponderações mais incisivas sobre o presidente venezuelano Hugo Chávez.

A discussão sobre a nomeação para cargos de confiança no governo foi um dos temas mais abordados durante a sabatina devido à ocupação de postos na Petrobrás por integrantes do PT – o que não agrada ao aliado PMDB – e ao fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito no início da semana que o verdadeiro "choque de gestão" se dá com a contratação de funcionários.

Para Dilma, a meritocracia precisa ser institucionalizada no setor público brasileiro. Com isso, cria-se uma possibilidade de uma carreira profissional dentro do aparelho público e evita-se que se perca para o setor privado os melhores profissionais, segundo ela.

"A gente dá muita importância para a questão da profissionalização do funcionalismo público", disse. Ela citou, por exemplo, que os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além de estatais como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobrás, já possuem este nível de profissionalismo.

A ministra lembra que determinados cargos exigem não só qualidades técnicas como também políticas. Os principais postos da Petrobrás e da Agência Nacional de Aviação Civil seriam exemplos disso.

Sobre o choque de gestão, Dilma disse se tratar de um termo "propagandista". Segundo Dilma, não é possível resolver todos os problemas da administração pública com um choque. "Não se muda uma gestão com um choque. Só se maquia", afirmou. Para ela, uma verdadeira mudança na gestão deve ser estrutural e demora mais do que um ano para ser implementada.

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