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Protestos

Em São Paulo, ao menos 47 são presos por saques e depredações

Vândalos atacam agência bancária durante protesto em SP | EFE/Sebastião Moreira
Vândalos atacam agência bancária durante protesto em SP (Foto: EFE/Sebastião Moreira)
Manifestante pede paz durante protesto em SP |

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Manifestante pede paz durante protesto em SP

Carro da TV Record é incendiado durante protesto em SP |

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Carro da TV Record é incendiado durante protesto em SP

Guardas municipais enfrentam manifestantes na porta da prefeitura de São Paulo, no início da noite desta terça-feira (18) |

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Guardas municipais enfrentam manifestantes na porta da prefeitura de São Paulo, no início da noite desta terça-feira (18)

Multidão que, pacificamente, protesta em São Paulo |

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Multidão que, pacificamente, protesta em São Paulo

Tumulto na frente da prefeitura de São Paulo |

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Tumulto na frente da prefeitura de São Paulo

SP: manifestante tenta invadir sede da prefeitura |

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SP: manifestante tenta invadir sede da prefeitura

Manifestação desta terça-feira (18) começou de forma pacífica na Praça da Sé |

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Manifestação desta terça-feira (18) começou de forma pacífica na Praça da Sé

Concentração na Praça da Sé na tarde desta terça-feira (18) |

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Concentração na Praça da Sé na tarde desta terça-feira (18)

Ato na Sé |

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Ato na Sé

Ato em SP nesta terça-feira |

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Ato em SP nesta terça-feira

Registro do protesto em SP |

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Registro do protesto em SP

Registro da manifestação em SP |

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Registro da manifestação em SP

Ao menos 47 pessoas foram presas por saques e depredações de lojas no centro da capital paulista, na noite desta terça-feira (18). Segundo a polícia, o grupo é formado por moradores de rua e usuários de droga. Entre os produtos apreendidos com os detidos estão televisores de plasma, micro-ondas, jogos de copos e talheres, roupas e até um fogão de quatro bocas, que era carregado em plena Praça da Sé.

Nos últimos minutos da terça, a Polícia Militar informou em sua conta o Twitter que a Tropa de Choque atuava em atos isolados de vandalismo na Rua Augusta. Há um esforço da corporação em distinguir grupos radicais da maioria de manifestantes pacíficos na Avenida Paulista. O prefeito Fernando Haddad (PT) dará coletiva às 10 horas desta quarta-feira (19) para comentar os protestos.

Depredações e saques mudam tom de protestos em SP

Quebrar, quebrar é melhor pra se manifestar". O grito de guerra do grupo que tentou invadir a Prefeitura de São Paulo na noite de terça-feira, ferindo dois guardas-civis municipais, marcou o sexto ato contra a tarifa de ônibus, que começou de forma pacífica e terminou com o retorno da Tropa de Choque à cena e pelo menos 47 presos.

Cinco dias depois do protesto mais violento até agora, uma nova manifestação terminou, pela primeira vez, com lojas saqueadas no centro (pelo menos 20) e o Teatro Municipal pichado. Depois da concentração na Praça da Sé, os manifestantes se dividiram em dois grupos. O primeiro seguiu para a Avenida Paulista, novamente interditada. Até a meia-noite, o clima era de tranquilidade. Depois, um grupo de mascarados vindo do centro ateou fogo a um painel da Copa e atirou pedras na polícia.

Já no grupo que seguiu para o Viaduto do Chá a tensão era total: houve tentativa de arrombamento do Edifício Matarazzo (sede do governo municipal), vidraças foram quebradas e a fachada, pichada, sob gritos de "sem moralismo". Na sequência, o grupo colocou fogo em uma cabine da PM e em um furgão da Rede Record, por volta das 20 horas. Tudo isso a cerca de 150 metros da sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Só após o vandalismo os bombeiros seguiram para o ponto atacado. Não havia PMs na área.

Uma das justificativas para a mudança de cenário é a atuação dos chamados Black Blocks, a "Tropa de Choque anarquista" do movimento. Irritado com a face "classe média" que o protesto começou a tomar, o grupo partiu para invasão, vandalismo e depredação. Já a demora de três horas para a reação policial foi considerada estratégica - a ação só ocorreu após determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e quando havia certeza de ação criminosa.

Duas horas antes, enquanto o grupo de manifestantes atacava a sede de governo - com secretários municipais fechados em uma sala de situação -, o prefeito estava reunido com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, como revelou o Broadcast Político, primeiro serviço em tempo real dedicado exclusivamente à cobertura política. A ideia era buscar uma saída política. À noite, um grupo de manifestantes do Passe Livre decidiu protestar na frente da casa do prefeito, no Paraíso, zona sul.

Durante o dia, mais seis capitais do País anunciaram reduções no valor das tarifas, usando os benefícios da medida provisória do governo federal assinada no dia 31, que desonerou o setor. Ontem voltaram a ocorrer atos em solidariedade aos paulistanos no Brasil e no exterior - em Londres, Barcelona, Copenhague, Sydney Hamburgo, Berlim e Nova York.

Manifestantes fazem protesto no prédio onde mora Haddad Cerca de 150 pessoas foram na terça, por volta das 22 horas, protestar na frente do prédio onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT), no Paraíso, zona sul da capital paulista. A manifestação, pacífica, foi acompanhada por quatro viaturas da Polícia Militar. O grupo ficou no local até a meia-noite e não houve confusão.

A manifestação começou quando dezenas de pessoas que já participavam do sexto protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que começou no fim da tarde na Praça da Sé contra o aumento da tarifa de ônibus, desceram a Rua Augusta. Ao chegar ao endereço de Haddad, o bloco ganhou o reforço de vizinhos do prefeito, incluindo moradores do próprio prédio em que ele mora com a mulher e os filhos.

Os manifestantes entoaram palavras de ordem: "Haddad nós paramos a cidade", "Não é só ‘busão’, também tem corrupção" e "Brasil, vamos acordar, o professor vale mais do que o Neymar".

Privilégios de políticos, como o uso de passaportes diplomáticos e de jatinhos também foram alvos dos manifestantes, que aproveitaram para pedir cadeia aos condenados no julgamento do mensalão. A assessoria do prefeito informou que ele estava em seu apartamento com a família no horário dos protestos e estaria cogitando cancelar um compromisso na manhã de hoje em Brasília, por causa das manifestações na frente do seu prédio.

Vereadores aliados do prefeito criticaram o protesto nas redes sociais. "É inadmissível que quem lutou por democracia no País permita que o prefeito da cidade - eleito legitimamente - seja chantageado na porta de sua casa por manifestantes", reclamou o presidente da Câmara, José Américo (PT), pelo Facebook.

Em 2011, último aumento do ônibus na gestão de Gilberto Kassab (PSD), manifestantes do MPL também protestaram contra a tarifa na frente do prédio do ex-prefeito, na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima.

Novo dia de protestos em São Paulo

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