Casa Civil diz não ser possível calcular redução nas tarifas após desonerações
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, retificou a informação sobre o impacto de desonerações federais na tarifa de ônibus e disse que não é possível calcular em quanto as prefeituras podem reduzir o preço das passagens a partir das medidas federais.
Manifestações devem ocorrer em 13 cidades do PR nesta semana
As manifestações populares devem continuar com força total nos próximos dias. Estão programados atos públicos em 13 cidades do Paraná esta semana. Só em Curitiba, mais de 96 mil pessoas confirmaram presença nos dois atos marcados para esta quinta (20) e sexta-feira (21) na capital.
Manifestantes invadem a Câmara de Maringá e depredam Prefeitura
Um grupo de aproximadamente 500 manifestantes invadiu a Câmara Municipal de Maringá (CMM) por volta das 18h35 desta terça-feira (18), durante o protesto realizado em adesão à mobilização nacional por melhorias no Brasil. Cerca de 6 mil pessoas saíram em caminhada pelo centro da cidade durante o Segundo Ato, nome dado ao manifesto local contra o aumento do valor das passagens de ônibus, nesta tarde.
Ao menos 47 pessoas foram presas por saques e depredações de lojas no centro da capital paulista, na noite desta terça-feira (18). Segundo a polícia, o grupo é formado por moradores de rua e usuários de droga. Entre os produtos apreendidos com os detidos estão televisores de plasma, micro-ondas, jogos de copos e talheres, roupas e até um fogão de quatro bocas, que era carregado em plena Praça da Sé.
Veja fotos do protesto desta terça-feira em São Paulo
Nos últimos minutos da terça, a Polícia Militar informou em sua conta o Twitter que a Tropa de Choque atuava em atos isolados de vandalismo na Rua Augusta. Há um esforço da corporação em distinguir grupos radicais da maioria de manifestantes pacíficos na Avenida Paulista. O prefeito Fernando Haddad (PT) dará coletiva às 10 horas desta quarta-feira (19) para comentar os protestos.
Depredações e saques mudam tom de protestos em SP
Quebrar, quebrar é melhor pra se manifestar". O grito de guerra do grupo que tentou invadir a Prefeitura de São Paulo na noite de terça-feira, ferindo dois guardas-civis municipais, marcou o sexto ato contra a tarifa de ônibus, que começou de forma pacífica e terminou com o retorno da Tropa de Choque à cena e pelo menos 47 presos.
Cinco dias depois do protesto mais violento até agora, uma nova manifestação terminou, pela primeira vez, com lojas saqueadas no centro (pelo menos 20) e o Teatro Municipal pichado. Depois da concentração na Praça da Sé, os manifestantes se dividiram em dois grupos. O primeiro seguiu para a Avenida Paulista, novamente interditada. Até a meia-noite, o clima era de tranquilidade. Depois, um grupo de mascarados vindo do centro ateou fogo a um painel da Copa e atirou pedras na polícia.
Já no grupo que seguiu para o Viaduto do Chá a tensão era total: houve tentativa de arrombamento do Edifício Matarazzo (sede do governo municipal), vidraças foram quebradas e a fachada, pichada, sob gritos de "sem moralismo". Na sequência, o grupo colocou fogo em uma cabine da PM e em um furgão da Rede Record, por volta das 20 horas. Tudo isso a cerca de 150 metros da sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Só após o vandalismo os bombeiros seguiram para o ponto atacado. Não havia PMs na área.
Uma das justificativas para a mudança de cenário é a atuação dos chamados Black Blocks, a "Tropa de Choque anarquista" do movimento. Irritado com a face "classe média" que o protesto começou a tomar, o grupo partiu para invasão, vandalismo e depredação. Já a demora de três horas para a reação policial foi considerada estratégica - a ação só ocorreu após determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e quando havia certeza de ação criminosa.
Duas horas antes, enquanto o grupo de manifestantes atacava a sede de governo - com secretários municipais fechados em uma sala de situação -, o prefeito estava reunido com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, como revelou o Broadcast Político, primeiro serviço em tempo real dedicado exclusivamente à cobertura política. A ideia era buscar uma saída política. À noite, um grupo de manifestantes do Passe Livre decidiu protestar na frente da casa do prefeito, no Paraíso, zona sul.
Durante o dia, mais seis capitais do País anunciaram reduções no valor das tarifas, usando os benefícios da medida provisória do governo federal assinada no dia 31, que desonerou o setor. Ontem voltaram a ocorrer atos em solidariedade aos paulistanos no Brasil e no exterior - em Londres, Barcelona, Copenhague, Sydney Hamburgo, Berlim e Nova York.
Manifestantes fazem protesto no prédio onde mora Haddad Cerca de 150 pessoas foram na terça, por volta das 22 horas, protestar na frente do prédio onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT), no Paraíso, zona sul da capital paulista. A manifestação, pacífica, foi acompanhada por quatro viaturas da Polícia Militar. O grupo ficou no local até a meia-noite e não houve confusão.
A manifestação começou quando dezenas de pessoas que já participavam do sexto protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que começou no fim da tarde na Praça da Sé contra o aumento da tarifa de ônibus, desceram a Rua Augusta. Ao chegar ao endereço de Haddad, o bloco ganhou o reforço de vizinhos do prefeito, incluindo moradores do próprio prédio em que ele mora com a mulher e os filhos.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem: "Haddad nós paramos a cidade", "Não é só busão, também tem corrupção" e "Brasil, vamos acordar, o professor vale mais do que o Neymar".
Privilégios de políticos, como o uso de passaportes diplomáticos e de jatinhos também foram alvos dos manifestantes, que aproveitaram para pedir cadeia aos condenados no julgamento do mensalão. A assessoria do prefeito informou que ele estava em seu apartamento com a família no horário dos protestos e estaria cogitando cancelar um compromisso na manhã de hoje em Brasília, por causa das manifestações na frente do seu prédio.
Vereadores aliados do prefeito criticaram o protesto nas redes sociais. "É inadmissível que quem lutou por democracia no País permita que o prefeito da cidade - eleito legitimamente - seja chantageado na porta de sua casa por manifestantes", reclamou o presidente da Câmara, José Américo (PT), pelo Facebook.
Em 2011, último aumento do ônibus na gestão de Gilberto Kassab (PSD), manifestantes do MPL também protestaram contra a tarifa na frente do prédio do ex-prefeito, na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima.
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