Com ajuda do serviço diplomático de Israel, cerca de 175 israelenses que estavam em países da América Latina embarcaram, nesta sexta-feira (13), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, rumo à Tel Aviv para lutar na guerra contra os terroristas do Hamas.
Dentre os israelenses haviam reservistas do Exército, paramédicos e outros voluntários. A maioria com idade entre 20 e 30 anos.
Em Israel, o serviço militar é obrigatório para todo cidadão maior de 18 anos. Homens servem por 32 meses e mulheres, 2 anos. Isso faz com que Israel tenha um grande contingente de reservistas.
De acordo com o cônsul de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, este não é o primeiro voo que sai da América Latina com israelenses para Tel Aviv. Ao menos outros dois voos já saíram de México e Peru.
Entre os israelenses do grupo que embarcou para Israel, havia uma reservista com cidadania brasileira. Rachel Safdid, de 20 anos, é soldado do Exército de Israel e passava férias no Brasil em visita ao pai.
"Minha mãe e meus amigos estão em Israel. Todo israelense hoje conhece alguém que foi sequestrado, morreu ou está desaparecido [...]É uma mistura de muita angústia e de muito alívio por poder voltar e ajudar", disse Safdid à Folha de São Paulo.
A israelense Tal Hisherik, de 22 anos, contou à Folha que sonha em fazer medicina em Tel Aviv e estava fazendo turismo pela América Latina. Agora, voltará a Israel para servir como voluntária em algum hospital.
Já Roni Harel, de 31 anos, passava a lua de mel com o marido em Salvador (BA), mas os planos foram interrompidos pela guerra. Os dois são reservistas do Exército israelense.
“Não conseguimos aproveitar. Apenas pensávamos em nossa família. Há medo, claro. Meu corpo todo está tremendo, e tive pesadelos, mas o único lugar que queria estar agora é Israel", disse Harel.
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