Levantamento do Hospital Estadual Pérola Byington, em São Paulo, referência nacional de atendimento a vítimas de violência sexual mostra que, dos 47 abortos autorizados por lei realizados no ano passado, 40% foram em adolescentes com menos de 18 anos, todos de gravidez resultante de estupro. Em 90% dos casos, a violência sexual foi cometida por alguém próximo da vítima: pai, tio, amigo da família.
No Hospital Municipal Jabaquara, zona sul da capital, o primeiro autorizado no País a interromper uma gestação, em 1989, o perfil dos 337 abortos legais realizados no local não mudou: 69% foram vítimas de violência sexual e a maioria está distante da maioridade etária. Segundo o diretor do Pérola Byington, Jefferson Drezett, "todas as crianças atendidas no hospital tinham a consciência da violência sofrida".
Em todo o País, o grupo que mais cresceu entre as pacientes que realizaram abortos autorizados é o de meninas de 10 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o aumento de casos nessa faixa etária foi de 122% entre 2007 e 2008. Nas outras idades, a maior alta foi de 58,2%. "É uma informação que, por si só, derruba o preconceito que ainda existe de que a violência sexual foi provocada pela vítima, por insinuação, roupas provocantes", diz Thomaz Gollop, coordenador do grupo de estudos sobre o aborto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
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