A greve iniciada pelos professores estaduais do Estado de São Paulo há oito dias tem tido um efeito maior sobre as escolas do centro da cidade de São Paulo. Na manhã desta terça-feira (24), a reportagem foi a dez escolas estaduais da cidade de São Paulo --cinco na zona norte e cinco no centro.
Na zona norte, os funcionários das instituições de ensino informavam que poucos professores haviam aderido à paralisação --o número variava entre dois e cinco-- e que as aulas aconteciam normalmente.
No centro, de acordo com relatos de alunos e funcionários, três escolas tiveram seu funcionamento alterado por causa da greve. Duas delas, no Brás, liberaram os alunos mais cedo, por volta das 10h50 --o horário normal de saída dos estudantes é 12h20.
Numa outra escola, de ensino fundamental, em Campos Elíseos, a situação era mais grave. Segundo uma funcionária, cerca de 65% dos professores aderiram à paralisação. Os alunos, entretanto, compareceram. Como a escola não pode mandá-los de volta para casa, muitos permaneceram durante o horário letivo nas classes, mas sem ter aula.
A mesma funcionária contou à reportagem que, na manhã desta terça, havia apenas três professores para lecionar a 16 classes. Na última quinta-feira, os profissionais fizeram uma assembleia no vão livre do Masp e decidiram manter a paralisação. Após a decisão, protestaram em frente à sede da secretaria.
A Apeoesp diz que, na segunda (23) a adesão à greve chegava à 139 mil profissionais (quase 60% da rede). O sindicato afirma que as 93 sub-sedes da entidade coletam os dados por escola, que depois são centralizados.
Já a Secretaria da Educação afirmou que, na segunda, 2,4% dos professores não compareceram ao trabalho. Na semana passada, a média foi de 4%. Os professores pedem aumento salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior.
O piso salarial dos professores estaduais, que tem a data-base em março, é de R$ 2.415,89, valor 25,95% superior ao piso nacional (R$ 1.917,78).
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