Em SP, Serra assume e critica a política nacional

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São Paulo – O economista José Serra (PSDB) se tornou ontem o 22.º governador de São Paulo. Em seu discurso, o tucano criticou a crise moral e a crise política enfrentada pelo país. "Vivemos no Brasil um período de crise de valores. Não se trata de uma indisposição passageira, ou de uma simples pane, trata-se de uma crise mesmo", afirmou ele.

Segundo Serra, o país vive uma crise moral, "que prospera numa economia onde faltam empregos e sobra a estagnação". Serra também falou em uma crise política "que se alimenta da teimosa incoerência entre discursos e ações na vida pública". Ainda de acordo com Serra, a corrupção e o compadrio desmoralizam a democracia.

O recém-empossado governador também afirmou que São Paulo tem responsabilidade com o Brasil. "Jamais seremos indiferentes às questões nacionais", e acrescentou: "Para que o Brasil vá bem, é preciso que São Paulo vá bem".

Serra prometeu que São Paulo será um exemplo de "políticas socais responsáveis" e que vai batalhar pela segurança e pelo emprego.

Presidência

O tucano foi eleito com 12,38 milhões de votos nas eleições realizadas em 2006. Empossado, Serra, além de perpetuar o domínio tucano em São Paulo (no poder desde 1995), também se torna um dos mais prováveis candidatos do PSDB à disputa presidencial em 2010, junto com Aécio Neves, reeleito para o governo de Minas Gerais.

Serra terá pela frente um estado às voltas com uma crise de segurança ainda longe de ser debelada, mas com dinheiro em caixa.