Em depoimento gravado pela polícia, Edelvania descreve sua participação na morte do menino| Foto: Reprodução

Um vídeo gravado pela Polícia Civil traz a confissão da assistente social Edelvania Wirganovicz sobre sua participação do assassinato de Bernardo Boldrini, de 11 anos, no Rio Grande do Sul, em abril deste ano. Divulgado pelo jornal Zero Hora e também pelo site G1, o vídeo mostra Edelvania durante o interrogatório, no dia em que o corpo do menino foi encontrado. As provas foram usadas pelo Ministério Público na denúncia do crime.

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Assista aos depoimentos de Edelvânia

Na gravação, durante mais de uma hora, Edelvania disse que a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, "deixou entender" que também matou por interesse financeiro e que o pai, Leandro Boldrini, não saberia do plano, mas "daria graças no futuro". Contou ainda ter sido convidada a participar dois meses antes do assassinato. E que, em troca, teria paga a dívida do seu apartamento, em Frederico Westphalen.

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Em seu depoimento, ela confirmou o uso do medicamento Midazolan para aplicar uma injeção letal no menino. E que houve visita prévia ao local onde o corpo seria enterrado e a compra de soda cáustica para eliminar provas. "Fomos naquele dia fazer o buraco. Mas com a enxada não dava. Aí, fomos comprar as coisas. A pá, uma cavadeira. E a enxada foi jogada fora, jogada no mato. Compramos um produto para dissolver a pele e não dar cheiro. Foi comprada uma soda."

No dia do assassinato, segundo ela, Graciele teria enviado mensagens a ela antes de chegar em Frederico Westphalen, com Bernardo no banco de passageiro. "Entramos no meu carro. O menino atrás. As coisas já estavam no porta-malas. Era uma pá e soda. Era o kit do remédio para matar, né. E então, ela foi no meu carro dirigindo. Eu fui no banco da frente, Bernardo foi atrás. Ela disse que ia levar ele numa benzedeira, que ia benzer ele. Disse que lá tinha que fazer procedimento, um piquezinho na veia."

Depois do crime

Edelvania admitiu não ter certeza se Bernardo foi enterrado com vida. Depois do crime, disse ter ido passear com a sobrinha. "Ela (Graciele) se lavou na minha casa. As mãos e os pés. Eu fiquei em casa. Depois desci pra pegar minha sobrinha e fomos dar uma volta."

Peguei um sorvete e um picolé e fomos dormir. Em seguida, lembrou o primeiro pagamento efetuado pela madrasta de Bernardo. "Foram R$ 6 mil. Notas de 50 e 100. Paguei a prestação do meu apartamento. Estavam me cobrando. Eu não tinha o dinheiro. Estava pagando com muita dificuldade. Ela me ofereceu muito dinheiro e acabei sendo fraca. Eu não teria que botar a mão em ninguém pra matar. Eu só teria que cavocar e enterrar. E foi a besteira que eu fiz na minha vida."

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VÍDEOS

Depoimento de Edelvânia Wirganovicz

A proposta de muito dinheiro

Roteiro da execução

O corpo no buraco

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Motivação para matar

O pai não sabia

Pagamento