Em votação quase unânime na Vila Capanema, em Curitiba, a categoria decidiu manter a greve pelo menos até a próxima terça-feira (12), quando o governo deve apresentar proposta sobre a data-base.
Segundo Hermes Leão Silva, presidente do sindicato, a indefinição do reajuste salarial foi decisiva para que a entidade indicasse a manutenção da paralisação. Agora, a questão soma-se à polêmica sobre a previdência dos servidores estaduais como itens principais da pauta de reivindicação da categoria.
Questionado sobre os prejuízos que a greve representa para o calendário escolar, já afetado pela primeira paralisação que durou 29 dias, Silva afirmou que a categoria empreenderá um esforço de reposição.
Sobre a ameaça de que as faltas dos servidores sejam descontadas em folha, Silva declarou que a legalidade dos descontos está em avaliação. Ao fim da assembleia geral, o sindicato fez um pedido aos diretores escolares: que não informem as ausências ao governo, uma vez que a negociação de faltas será feita somente quando a greve acabar.
A segunda paralisação dos servidores da educação neste ano parece contar com menos apoio popular do que a primeira. Mas, de acordo com a secretária educacional da APP, Valkíria Mazeto, até o momento a entidade não sofreu nenhuma pressão por parte de pais ou alunos para a retomada das aulas. “Nós encontramos falas de pais preocupados com o calendário escolar e com a reposição, mas não posicionamento contrário ao movimento”, contou.
Entre os professores e servidores, não há consenso. Uma parcela voltou ao trabalho nesta semana e há manifestações favoráveis ao encerramento da paralisação. “É porque há muita pressão por parte da Secretaria da Educação, principalmente sobre diretores. A secretaria pede o registro de faltas, ameaça a abertura de processos administrativos. O sindicato vai promover um enfrentamento a essas ações pela garantia do direito de greve”, disse.
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