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Crise

Emenda pode pôr fim ao voto secreto na Câmara

Brasília (AE) – Numa reação à decisão da Câmara de absolver os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), no processo de cassação por conta do envolvimento no esquema do caixa 2, os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Júlio Redecker (PSDB-RS) começaram a articular a apresentação de uma proposta de emenda constitucional para acabar com o voto secreto no julgamento de parlamentares.

A proposta já conta assinaturas para ser apresentada, informou Júlio Delgado, que foi relator no Conselho de Ética do processo contra o ex-deputado José Dirceu.

Redecker, por sua vez, questiona o fato de no Conselho de Ética o voto ser aberto e no plenário ser secreto. "Por que só os integrantes do Conselho de Ética têm que ficar expostos? Neste caso a opinião do parlamentar tem que ficar clara para a opinião pública", afirmou ele.

A proposta ganhou apoio do presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), para quem a votação dos processos de cassação deve ser aberta e não secreta, como é atualmente.

"Precisamos achar uma outra forma e a forma ideal seria o conselho iniciar um movimento de assinaturas para mudar a Constituição e pedir o voto aberto nessas votações", disse.

O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), também criticou a decisão da Câmara de absolver Brant e Professor Luizinho. Ele não adiantou, no entanto, se apoiará a proposta que acaba com o voto secreto em processos de cassação.

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