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Hospital de Ponta Grossa recebe paciente acidentado: 87 leitos para atender 575 mil habitantes | Josue Teixeira/Gazeta do Povo
Hospital de Ponta Grossa recebe paciente acidentado: 87 leitos para atender 575 mil habitantes| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

Não é só em Curitiba que o sistema de urgência e emergência médica está sobrecarregado, conforme mostrou ontem a Gazeta do Povo. Cidades-referência no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no interior do Paraná também enfrentam problemas como falta de leitos e lotação dos prontos-socorros.Nos Campos Gerais, 575 mil habitantes dependem das vagas disponíveis nos 87 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ofertados em hospitais de Ponta Grossa e Castro. "Se considerarmos apenas a população do SUS esse número é suficiente, mas se pegarmos toda a população precisamos de 101 leitos", diz a chefe da Divisão de Assistência e Gestão de Saúde da 3.ª Regional de Saúde, Silvana Maggi.

Em Londrina (Norte do estado), um leito de UTI nunca fica vago devido à alta demanda. São 94 vagas, distribuídas em unidades adulto, pediatra e neonatal. De acordo com o coordenador da Central de Regulação de Leitos, Alessandro Sella de Godoy Bueno, o ideal seria que o município tivesse mais 25 unidades. "Mesmo sem leitos disponíveis, os pacientes são encaminhados para os hospitais porque lá é possível prestar atendimento de alta complexidade", diz. A única alternativa que Londrina tem para driblar a superlotação é encaminhar os casos que não exigem conduta tão especializada para Cambé, a 10 Km da cidade.

Já Maringá (Noroeste) conta com 42 leitos de UTI, específicos para atendimento adulto. "Temos um problema de superlotação e um problema com a falta de leitos", diz o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, que acrescenta. "De maneira geral, damos conta do primeiro atendimento de urgência e emergência. O problema é após esse tratamento".

Contraste

No Oeste do estado, Foz do Iguaçu e Cascavel vivem situações diferentes. Com 43 leitos de UTI, Foz tem conseguido atender à demanda dos oito municípios abrangidos pela 9.ª Regional de Saúde, além de turistas e de brasileiros que vivem no Paraguai e na Argentina e procuram os serviços de saúde no Brasil.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Alexandre Kramer, são raras as vezes que preciso contratar leitos de hospitais particulares ou de pacientes que tenham de esperar por uma vaga.

Em Cascavel, o secretário de Saúde, Ildemar Canto, afirma que é há dificuldade para atender toda a região com apenas 51 leitos. "Precisamos de mais hospitais para atender à demanda. Somos referência para 107 municípios e isso sobrecarrega o sistema da região", afirma. Para Canto, é necessário criar uma central única de leitos para o estado ou divido por macrorregionais.

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