Uma empresa curitibana, em parceria com um instituto de tecnologia de São Paulo, criou um aplicativo para telefones móveis que permite ao usuário identificar o Aedes aegypti. O mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika é um dos maiores vilões deste verão. Os empresários querer negociar com governos estadual e municipal para tentar viabilizar o lançamento do programa.
Segundo um dos inventores do aplicativo, Jair Teixeira, da Nanotec Brasil, ao fotografar determinado inseto, a ferramenta irá identificar se o mosquito em questão é ou não o Aedes. “Com isso as ações podem ser direcionadas para os locais onde há mais incidência de mosquito”, afirma. Segundo ele, há uma solicitação de registro do programa em andamento ao Escritório de Direitos Autorais (EDA), da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), bem como o pedido de requerimento da patente junto ao Instituto Nacional de Propriedades Industriais (INPI).
Teixeira defende que o aplicativo pode ser usado pelos cidadãos para informar às autoridades os locais onde o Aedes está mais presente. “O programa permite a geração de informações georreferenciadas por bairro, cidades e estados e também relatório de estatísticas para autoridades e pesquisadores”, explica. Segundo ele, o programa também mostra mapas de hospitais e unidades de saúde na região em que o usuário se encontra.
O inventor do aplicativo afirma que o programa está funcionando, mas que só deve ser lançado quando for firmado acordo com o poder público.
Sem parceria
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no entanto, afirma que não deve assinar parceria com a empresa. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria no último dia 16, o Paraná contabiliza 5.541 casos desde agosto de 2015 até o momento. Desse total, a doença foi contraída dentro do estado em 4.781 casos, e fora do Paraná em 760. No total, 191 municípios já confirmaram casos. No ranking da dengue, Paranaguá lidera com 1.224 casos de dengue confirmados; Foz do Iguaçu tem 1.075 casos e Londrina, 663.