A polícia vai pedir nesta semana a quebra de sigilo bancário de uma empresa suspeita de estelionato na Lapa, na região metropolitana de Curitiba.
Desde a última sexta-feira (18), um inquérito policial investiga a Reflorestamento Camargo, especializada em vendas de mudas e projetos florestais, que se instalou na cidade em abril deste ano e deixou o município depois de seis meses, no início de setembro. A empresa teria deixado vários cheques sem fundo para os comerciantes da região. Até 30 pessoas podem ter sido prejudicadas. O prejuízo médio estimado fica entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil para cada vítima lesada.
De acordo com alguns moradores, a empresa ganhou a confiança da população, já que, durante o período inicial na Lapa, o negócio funcionou de forma correta e os pagamentos aos comerciantes eram realizados sem transtornos.
"Vou mandar um ofício para a Junta Comercial da cidade solicitando a cópia do contrato social desta empresa. Depois vamos pedir a quebra do sigilo bancário", diz o delegado do município, Daniel Prestes Fagundes.
Até agora, oito boletins de ocorrência foram registrados e quatro pessoas foram ouvidas na delegacia. Alguns comerciantes ainda esperam o fim do prazo de pagamento de dívidas da empresa e outros esperam pelo carimbo bancário que comprova a falta de fundos dos cheques.
O objetivo da quebra do sigilo é estudar a movimentação financeira do negócio e comparar com os danos registrados nos BOs. Com as provas consolidadas, a polícia poderá pedir a prisão preventiva dos responsáveis pelo negócio. A polícia acredita que seis pessoas estejam envolvidas diretamente na possível fraude. "Tenho que fundamentar este pedido de prisão para depois ir atrás dos suspeitos", diz Fagundes.
O delegado ainda disse que, se o crime for materializado, o mandado de prisão é fundamental, já que existe a possibilidade da empresa estar aplicando o mesmo golpe em outras localidades.
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