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A Operação Dallas da Polícia Federal (PF), que cumpriu 34 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nesta quarta-feira (19) em todo o Paraná, chegou até a empresa Global Connection Comercial LTDA, que possui sede em Londrina, num prédio comercial da Avenida Higienópolis. A ação também atingiu Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Segundo a PF, que investiga desvio de cargas no Porto de Paranaguá e a participação de diretores e ex-diretores, a empresa em Londrina teria participado de uma licitação, em 2009, para compra de uma draga que seria usada pelo Porto de Paranaguá, na dragagem do leito do rio e para limpeza do Canal da Galheta, usado como acesso pelos navios aos terminais de embarque e desembarque.

A Global Connection venceu a licitação, com preço estipulado em edital em R$ 45,6 milhões, mas a empresa que terminou como segunda colocada no processo licitatório, Interfabric, recorreu da decisão. Numa investigação posterior, a PF descobriu que a Global Connection não teria aporte financeiro para disputar uma licitação com estes valores, se caracterizando como uma empresa "de fachada".

Segundo o delegado-chefe da PF de Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, que comandou a Operação Dallas, cerca de R$ 11 milhões seriam divididos entre diretores do Porto de Paranaguá. "Caso a licitação se concretizasse, parte do dinheiro, cerca de US$ 5 milhões, seria distribuída entres os diretores. Policias federais estiveram na empresa em Londrina e também na casa do proprietário e recolheram material para investigação. E caso surjam novos fatos incriminando os envolvidos com a empresa, poderemos pedir a prisão dos participantes", comentou Nazário em entrevista ao JL.

A reportagem fez diversas ligações para a Global Connection, mas ninguém atendeu na empresa.

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