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Pedágio

Empresa espanhola arremata 5 trechos de rodovias, 3 são no PR

Curitiba – A empresa espanhola OHL Brasil venceu o leilão para explorar cinco dos sete lotes de rodovias no país, ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Três trechos passam pelo Paraná. A construtora desbancou a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) e os grupos Ecorodovias e J. Mallucelli, que também concorreram por trechos paranaenses.

Além dos lotes que abrangem rodovias federais no Paraná, a empresa arrematou os trechos da BR-101 e da BR-381. A OHL conquistou as concessões das cinco áreas por ter sido a concorrente que ofereceu o menor valor de tarifa para os trechos correspondentes. Diferentemente de leilões anteriores, neste, ganharia a empresa que oferecesse o menor valor de tarifa por praça de pedágio.

Por exemplo, no lote 7, que liga Curitiba a Florianópolis, o valor da tarifa oferecido pela construtora foi de R$ 1,028 por praça de pedágio. Como haverá cinco delas no trajeto ligando a capital paranaense à de Santa Catarina, o usuário desenbolsará R$ 5,14 a mais por viagem. A Copel, que concorreu apenas por esse lote, deu um lance cerca de 50% maior, correspondendo a R$ 1,95 por praça de pedágio, um total de R$ 9,75 pelo trajeto.

Trinta empresas participaram do leilão das rodovias federais, que agitou o mercado financeiro na tarde de ontem. A espanhola Acciona e o consórcio BR Vias conquistaram o direito de explorar outras duas rodovias. A Acciona ficou com o lote 3, que corresponde ao trecho da BR-393 entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. O empresa deu o lance vencedor de R$ 2,94 por praça de pedágio.

O consórcio BR Vias foi o único brasileiro a levar um trecho das estradas. Formado por uma associação entre a empresa Splice – do empresário Antôbio Beldi –, o Grupo Àurea e a Construtora Walter Torre, o consórcio conquistou o lote 1, com um lance de R$ 2,45 por posto de pedágio. O trecho, que envolve a BR-153, corta o estado de São Paulo desde a divisa com Minas Gerais até a com o Paraná.

As concessionárias conquistaram o direito de explorar as rodovias federais por 25 anos. Durante esse período, elas se comprometem a fazer as obras de melhoria previstas pelo edital do leilão e a fornecer serviços de socorro e atendimento aos usuários da via. O valor das obras foi um dos fatores importantes para a definição do valor do pedágio.

O contrato de concessão será assinado no dia 15 de janeiro, e as empresas devem começar a operar em meados de 2008. Até lá, o valor das tarifas cobradas será reajustado segundo a inflação.

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