Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

É clandestina a empresa de segurança que monitora a entrada e a saída das crianças no Colégio Estadual Anita Canet, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. O alerta foi feito pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp), depois da matéria publicada ontem, na Gazeta do Povo, mostrando que pais e professores da comunidade pobre do bairro Nações II se viram obrigados a contratá-la por causa da violência no entorno da escola. A empresa faz parte de um mercado informal que em todo o estado supera o número daquelas autorizadas pela Polícia Federal (PF).

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O Sindesp vai pedir à PF que tome providências contra a firma mostrada na reportagem. Segundo o sindicato, há 64 empresas legalizadas no Paraná, contra 91 clandestinas. O presidente da instituição, Jeferson Nazário, enumera os problemas que as clandestinas causam: "Elas não têm critérios, nem responsabilidades, admitem pessoas não habilitadas, não priorizam antecedentes criminais, nem exames de saúde física e mental, pagam salários abaixo do piso salarial da categoria, não recolhem encargos sociais, além de não fornecerem seguro de vida a seus funcionários."

Nazário diz que a proliferação de empresas clandestinas é resultado de vários fatores, entre eles uma legislação permissiva que não responsabiliza quem contrata, nem quem oferece os serviços de segurança privada de forma ilegal. "Hoje só é responsabilizado criminalmente quem estiver utilizando armas", diz o presidente do Sindesp. A esperança, segundo ele, está no projeto de lei em tramitação na Câmara Federal, que responsabiliza quem presta e quem contrata os serviços.

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As pessoas que contrataram a empresa para fazer segurança no Colégio Anita Canet não sabiam que ela era clandestina. A relação das empresas autorizadas pela PF está no site www.sindesp-pr.org.br.