O empresário libanês naturalizado brasileiro Jamhar Amine Domit foi preso preventivamente nesta terça-feira (24), em Curitiba, pela prática de crimes de redução a condição análoga a escravo e delitos contra a dignidade sexual. A prisão foi decretada pela 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que ofereceu denúncia contra o empresário em abril deste ano. Domit está detido na carceragem da Polícia Federal, que efetuou a prisão, no bairro Santa Cândida.
Domit já havia sido detido em 2009, por policiais da Delegacia da Mulher, acusado de prender mulheres em seu apartamento para assediá-las sexualmente. Segundo o MPF, ele teria cometido os crimes entre 2004 e 2009, contra 14 vítimas diferentes. O empresário colocava anúncios de emprego em veículos de comunicação e atraía as mulheres com a promessa de trabalho com bom salário. Elas eram contratadas como empregadas e, em seguida, eram presas. O empresário retinha seus documentos e objetos pessoais e as submetia a condições degradantes de trabalhos e jornadas exaustivas.
Ainda de acordo com o MPF, ele ainda usava de ameaças e de violência física para assediar grande parte das vítimas. As mulheres não recebiam a remuneração pelos serviços domésticas e ainda eram, em alguns casos, constrangidas a renunciar a seus direitos trabalhistas antes de conseguir sair da residência de Domit.
As penas mínimas para cada um dos crimes, se somadas, podem chegar a quase 50 anos de prisão.
Caso
Em setembro de 2009, o empresário, então com 78 anos, havia sido detido por manter mulheres em cárcere privado e abusar sexualmente delas. Na época, Domit morava sozinho no 9º andar de um apartamento de 350 metros quadrados no bairro Juvevê.
A responsável pela investigação na época, a delegada Sâmia Cristina Coser, da Delegacia da Mulher, afirmou que, entre janeiro e agosto de 2009, 117 mulheres estiveram no apartamento do empresário, mas não havia a confirmação de quantas foram vítimas dele. A polícia acreditava que denúncias contra Domit existiam desde 2004. Ele nunca havia sido detido anteriormente porque as denúncias contra ele eram menores e não permitiam a prisão. Ele foi detido com base na denúncia de uma mulher que ficou presa por 16 dias em sua casa. Além do assédio, ela era obrigada a trabalhar por uma longa jornada e só recebia restos de alimentos para comer.
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