O empresário Josino Pereira Guimarães, de 62 anos, que foi baleado na noite do último sábado (19), no bairro Batel, em Curitiba, é acusado de ser mandante da morte de um juiz. Guimarães foi atingido por um disparo pouco depois de sair de uma padaria, acompanhado de sua mulher. Mesmo ferido, ele conseguiu entrar em seu carro e dirigir até o Hospital Santa Cruz, onde foi socorrido em estado grave. O hospital não informou o estado de saúde do paciente.

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Nesta segunda-feira (21), a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) instaurou inquérito para apurar o caso, mas, até o instante, as investigações seguem em fase preliminar. O advogado Waldir Caldas Rodrigues, que defende Guimarães, disse que o empresário foi atingido em uma tentativa de assalto e que o empresário não teria sequer reagido. O defensor descarta qualquer relação do crime com o caso do assassinato do juiz, do qual Guimarães é acusado.

“Nem de longe se cogita isso. Ele [Guimarães] estava saindo da padaria junto com a esposa. Quando ele foi deixar as compras no chão, foi atingido”, disse o advogado. Segundo o defensor, o empresário está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Guimarães mantém um domicílio de Curitiba, onde costuma permanecer para tratar de problemas de saúde não revelados.

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Réu

Josino Guimarães é réu em um processo em que é apontado responsável pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto em 7 de setembro de 1999, no Paraguai. O acusado seria levado a júri popular em fevereiro deste ano, mas um habeas corpus cancelou o julgamento.

Em dezembro de 2011, Guimarães havia sido absolvido da acusação, mas o julgamento foi cancelado depois que o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão. De acordo com a denúncia, Guimarães teria mandado matar o juiz Leopoldino depois de ter sido denunciado em um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso. O corpo do magistrado foi encontrado parcialmente carbonizado, em uma vala às margens de uma estrada rural em Concepción, no Paraguai.