O empresário Jefferson Fabiano Ferreira Corrêa, de 29 anos, que atua na área técnica de equipamentos de ginástica, teve a boca colada com cola instantânea, na manhã de hoje, em Ribeirão Preto (SP). Ele foi abordado numa avenida por dois homens que estavam num carro e levado a um local ermo, onde ainda foi agredido com socos no abdome e nas costas. Ele fraturou duas costelas. A agressão teria sido uma represália de traficantes ou usuários de drogas que frequentam o bar localizado em frente à sua residência. Para o empresário, os agressores acreditam que ele teria delatado o ponto de drogas.

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Corrêa mora no Parque Industrial Avelino Alves Palma e, na manhã desta terça-feira, caminhou até uma lotérica para pagar os impostos de sua empresa. Quando retornava para sua residência, dois homens, num veículo prata, chamaram a sua atenção para pedir informação. Porém, ao chegar ao lado do carro, ele foi agarrado e seu corpo ficou metade para dentro e metade para fora. Ele foi levado até perto do aeroporto da cidade, quando os homens colaram os seus lábios e o agrediram. Corrêa desmaiou e acordou pouco depois com o barulho do telefone celular. Corrêa voltou para casa com a boca parcialmente colada, quando acionou a Polícia Militar (PM), que o levou ao pronto-socorro.

"Perto de minha casa tem um bar, que tem problemas com drogas e batidas policiais, e acham que é a gente quem denuncia", disse Corrêa. Ele tem sua empresa e o pai, que é sargento reformado do Exército, tem uma marcenaria. "Trabalhamos de portas abertas e sempre moramos aqui", comenta o empresário. A família reside no local há mais de 30 anos. Devido ao barulho do bar, a família reclama e recebe ameaças. Até bomba caseira foi jogada no quintal.

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Um dos agressores seria parente de um homem preso por porte de drogas. Corrêa evita falar sobre o caso, que está sendo investigado por uma delegacia local. O pai já teria sido agredido e o próprio Corrêa, seis anos antes, foi espancado, também pelo mesmo motivo. "Sou responsável pela manutenção da academia de ginástica da PM e, como trabalho com equipamentos pesados, às vezes pego uma carona. Aí, acham que eu fico delatando os casos de drogas que existem no bar", explica Corrêa. "Não fazemos nada de errado", acrescentou.