Cascavel – Policiais federais prenderam ontem em Toledo, no Oeste do Paraná, o empresário Antônio Joaquim Tormena, 59 anos, acusado de integrar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Tormena foi condenado pela Justiça dia 30 de abril de 2001 a 16 anos de prisão. De acordo com a Polícia Federal (PF), em 1999 o empresário teria enviado 1.190 quilos de cocaína para a Espanha.

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O irmão dele, Raineldes Tormena, 61 anos, também foi condenado a 14 anos, mas está foragido. A droga enviada para a cidade de Santander foi embalada em 840 pacotes e acondicionada em caixas metálicas embutidas em painéis de madeira compensada, exportada pela empresa JRG Painéis de Madeiras. Os Tormena eram proprietários, até 1996, da empresa Impatol (Indústria de Madeiras de Toledo Ltda.), que teria falido no mesmo ano.

Como não poderia constituir outra empresa em seu nome, Tormena criou a JRG Painéis de Madeiras, em nome do filho, Giuliano Fabian Tormena. A JRG teria aberto uma filial em Santander, denominada Eurolamina SL. Os administradores eram os espanhóis Luciano Montero Valle e Miguel López Sintes, presos em flagrante pelas autoridades espanholas no momento da chegada da droga na sede da Eurolamina, em 6 de agosto de 1996. A polícia da Espanha já vinha investigando os dois por tráfico.

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Antônio Tormena teria, inclusive, viajado à Espanha para acompanhar o recebimento da mercadoria. Com a prisão dos dois sócios espanhóis, Tormena voltou imediatamente ao Brasil. A droga foi incinerada naquele mesmo país. Segundo a Justiça, "a JRG e a Eurolamina foram criadas com o objetivo de viabilizar o tráfico ilícito de cocaína, através da inserção da droga no interior da carga exportada". Pelo crime de tráfico internacional de entorpecentes, Antônio Tormena foi condenado a 12 anos de reclusão, e pelo crime de associação para a prática do tráfico foi condenado a mais quatro anos, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado.