Empresário é preso em BH suspeito de matar a mulher em 2009

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Foi preso nesta quarta-feira (23), em uma clínica psiquiátrica em Belo Horizonte, o companheiro de uma astróloga morta em 2009. O laudo do Instituto Médico-Legal havia afirmado que a causa da morte era indefinida mas, agora, a suspeita é de assassinato. O empresário, de 36 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Com essa reviravolta no caso, o processo foi reaberto em Belo Horizonte.

O suspeito recebeu a ordem de prisão quando estava numa clínica psiquiátrica e de dependes de drogas.

"Ele estava internado em um hospital psiquiátrico, em Belo Horizonte. A gente entrou em contato com a administração do hospital e demos cumprimento ao mandado. A prisão preventiva dele foi requerida pelo fato de haver suspeitas de ameaças as testemunhas, pela gravidade do delito também", disse a delegada Renata Ribeiro Fagundes.

De acordo com Renata, formalmente, foi registrada uma ocorrência de lesão corporal da vítima contra o empresário e as testemunhas relataram que estavam se sentindo ameaçadas indiretamente, por meio de telefonemas.

O empresário vai ser encaminhado para o presídio de Nova Lima, onde vai ficar à disposição da Justiça. Ele fala que a morte dela foi por overdose e nega o crime, segundo a delegada.

"A gente raciocina que houve um erro tremendo por parte dos profissionais da medicina legal de Minas Gerais porque negaram evidências que estavam no cadáver, que mostravam que a vitima foi submetida a um processo de violência. Seguramente, se não tivesse esse erro crasso, o processo estaria em processo avançadíssimo", disse a irmã da vítima Roberta Melo Barbosa.

Segundo Roberta, quando foi reconhecer o corpo da irmã, viu lesões na narina direita, que estava com uma ferida aparente e roxo.

A reabertura das investigações "alivia bastante o coração", segundo Roberta. "Eu acho que ele [o empresário] foi bastante cruel. Se ele não queria ficar com ela mais, porque foi buscá-la? Ela era uma pessoa muito alegre, muito extrovertida, muito carismática. Isso causa não só sofrimento para mim, mas para os meus pais. Eu me sinto no dever de limpar a memória dela porque ele diz que ela morreu por overdose e isso não é verdade. Ela foi espancada", desabafou Roberta.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não houve mudança no laudo e que a causa da morte da astróloga continua sendo considerada indefinida. Os advogados do suspeito não foram encontrados para falar sobre o caso.