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Curitiba

Empresário é preso por armazenar combustível em subsolo de hotel

O proprietário do Hotel Caravelle, Salvatore Di Chiara, foi preso na tarde desta sexta-feira (17) acusado de armazenar diesel de maneira irregular no subsolo de seu empreendimento, localizado no centro de Curitiba. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) disse que lavraria flagrante de risco ambiental, que prevê pena de reclusão e é inafiançável.

Há duas versões conflitantes sobre a quantidade de combustível armazenado. Dois delegados da Polícia Civil afirmaram que há dois tonéis com aproximadamente 5 mil litros do material, quantidade supostamente registrada pelo Instituto de Criminalística. O perito que analisou o local não foi localizado pela reportagem.

Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) disse, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba, que são apenas 600 litros. O delegado Francisco Caricati cogita que a prefeitura teria apenas avaliado um pequeno reservatório, localizado em outra parte do subsolo.

Outras informações preliminares da Sema dão conta de que os tanques alimentariam uma caldeira desativada há oito anos, o que vai ao encontro do que teria sido dito pela administração do hotel à polícia. Um novo conflito se dá quanto a opinião do perito da Sema que estudou o local. Logo depois de sair do hotel, o funcionário da Sema José Carlos Mateus relatou que não havia crime ambiental no local. Por isso, a Sema declarou que o prazo dado para a remoção foi de 24 horas. Porém funcionários da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), que acompanharam a análise, dizem que o fiscal teria concordado com a remoção imediata do material em razão do alto grau de risco e desmentido tudo depois de sair do hotel.

A reportagem teve acesso a uma série de laudos e alvarás do hotel – um deles do 1º Distrito da própria Polícia Civil -, que atestam o funcionamento regular do Hotel Carevelle. A administração do hotel teria dito à polícia que assumiu o hotel há um ano e desde então o combustível estaria lá. "Isso não retira a culpa deles. Também falaram que outros hotéis têm diesel no subsolo, o que será apurado, mas não ameniza em nada se configurado crime", afirmou o delegado titular do Cope, Miguel Stadler.

O policial ainda relata que havia fiação elétrica passando a um metro dos tonéis, que por sua vez apresentariam sinais de corrosão. A imprensa não teve acesso ao local.

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