Campo Mourão O drama da família que não tem dinheiro para trazer dos Estados Unidos o corpo do paranaense Isaías Expedito Pereira, de 40 anos, que morreu no país no último dia 8 em decorrência de seqüelas de um acidente de trânsito, sensibilizou o povo paranaense. Um empresário de Curitiba, que não quis ter o nome revelado, ficou comovido com a história da família de Tapejara (no Noroeste do estado), publicada ontem pela Gazeta do Povo. "Ele pediu para entrar em contato com a família para saber de que forma pode ajudar", contou uma amiga do empresário, que também não quis se identificar.
Na cidade de pouco mais de 13 mil habitantes, o prefeito Noel Caldeira Brante (PPS) solicitou à família que providenciasse os documentos de Isaías para ser enviado a um deputado em Brasília que estaria disposto a ajudar. "Além dessa ajuda política, o município pode viabilizar uma pequena parcela do valor exigido pela funerária para fazer o translado do corpo", diz Brante. Cerca de US$ 9 mil (R$ 21 mil) são necessários, segundo a família, para trazê-lo de volta. Segundo o prefeito, o que estiver ao alcance do município será feito. "A cidade é pequena e não podemos ajudar com muito".
A família de Isaías tentou pedir ajuda ontem ao deputado estadual Hermes Parcianello (PMDB) mas, segundo ele, a família deveria tentar alternativas particulares. "Ou sepulta nos EUA ou faz rifas na cidade", comentou. Para Parcianello, se cada morador da cidade contribuir com um mínimo, a família consegue resolver o problema.
O pai de Isaías, o aposentado Conrado Pereira Filho, de 84 anos, passou todo o dia de ontem concedendo entrevistas em rádios e emissoras de televisão em Maringá e Umuarama. "Estamos tentando de todas as formas conseguir o dinheiro para trazer meu irmão de volta ao Brasil", disse a irmã de Isaías, Josefa Francisco de Carvalho. Ontem a família providenciou a conta 11546-93 da agência 0464 do banco HSBC para receber ajuda. "Toda contribuição será bem vinda", diz Josefa.
