• Carregando...
Técnico da Copel quebra muro que escondia ligação clandestina em empresa da região metropolitana | Polícia Civil/Divulgação
Técnico da Copel quebra muro que escondia ligação clandestina em empresa da região metropolitana| Foto: Polícia Civil/Divulgação

Quatro empresários e dois funcionários de Curitiba e Região Metropolitana suspeitos de furtar energia elétrica foram presos. Segundo as investigações da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), a eletricidade era desviada por meio de ligações diretas e clandestinas – os chamados “gatos”. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) estima que, juntos, os seis estabelecimentos comerciais tenham desviado 678 mil quilowatts-hora, gerando um prejuízo de R$ 434 mil. O volume equivale ao consumo médio mensal de quatro mil famílias.

As investigações começaram há um mês, depois que a Copel procurou a polícia, apontando as suspeitas de fraude. A partir de então, a DFR se concentrou em uma amostragem de estabelecimentos comerciais em que o furto de energia estava mais evidente. Segundo o delegado Emmanuel David, o relógio de energia das empresas já havia sido retirado pela Copel por falta de pagamento. Durante as fiscalizações, no entanto, técnicos da companhia constataram que os estabelecimentos continuavam funcionando.

Com esse indício, a DFR e a Copel visitaram as seis empresas – localizadas em Curitiba, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande – nesta quarta-feira (25) e constataram as ligações irregulares. De acordo com o delegado, em quase todos os casos, os “gatos” estavam expostos por meio das ligações feitas diretamente na rua. “A única exceção foi uma fábrica de embalagens de plástico, em Fazenda Rio Grande, onde construíram um muro em volta da ligação clandestina”, contou o delegado. A Copel precisou quebrar a estrutura para fazer o desligamento da energia.

Os proprietários de quatro das empresas e funcionários de outras duas foram presos em flagrante por furto – cuja pena prevista varia de um a cinco anos de prisão, em caso de condenação. Eles foram liberados, no entanto, e devem pagar fiança, ainda a ser arbitrada pelo delegado.

“A maioria deles, em princípio, alegava que já haviam comprado as empresas com essas ligações irregulares. Depois, acabavam confirmando. Não tem como negar. Um deles disse que fez e chorou”, apontou David.

O delegado destacou que essa foi apenas a primeira operação deste tipo. A DFR pretende estender a investigação para outras empresas de Curitiba e RMC sobre as quais recaem suspeitas de furto de energia elétrica. Nesta abordagem aos estabelecimentos, participaram 20 policiais civis e 12 técnicos da Copel.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]