Funcionários que não receberam vale integral cogitam "greve branca"
Representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e os trabalhadores da empresa Araucária única que não pagou integralmente os 40% de adiantamento salarial na quinta-feira (20) , realizaram uma assembleia na manhã desta sexta-feira (21).
Na ocasião, a classe definiu indicativo de greve de 72 horas. Se cobradores e motoristas não receberem a metade faltante do vale (a Araucária adiantou apenas 20% do salário) nos próximos três dias, a categoria cogita uma greve branca. A ideia é que os carros não sejam impedidos de sair da garagem, mas que os cobradores não atuem no recebimento de passagens. O Sindimoc não soube informar em quais linhas operam os ônibus da Araucária, nem quantos são os funcionários.
Por meio da assessoria do Setransp, a Araucária disse que depositaria a outra metade do vale dos trabalhadores até 17 horas da sexta-feira. A entidade admite que os valores só estejam disponíveis na conta dos cobradores e motoristas no sábado (22).
Segundo o Sindomoc, as demais 22 empresas que compõem o consórcio da Rede Integrada de Transporte pagaram o vale integral aos motoristas e cobradores até meia noite de quinta-feira. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta, os patrões sinalizaram que, em decorrência dos atrasos nos repasses por parte da Urbs, pode haver problemas no pagamento da primeira parcela do 13º salário, que equivaleria aos R$ 9,6 milhões de dívida da prefeitura com as operadoras.
O sindicato dos trabalhadores afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que prefere esperar até a meia noite do dia 30, para ver se haverá o pagamento e, então, se posicionar sobre o assunto.
Cartão-transporte passará a ser carregado em reais a partir de domingo (23)
Segundo a administração municipal, o valor constante em créditos nos cartões será convertido em reais pelo valor da tarifa regular atual (R$ 2,85). Ou seja, quem tiver 10 créditos no sábado (22) passará a ter R$ 28,50 em seu cartão no domingo.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) vai pedir uma auditoria no sistema de bilhetagem eletrônica dos ônibus e no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC). A intenção foi anunciada em entrevista coletiva, convocada para a manhã desta sexta-feira (21).
Segundo Dante Luiz Franceschi, membro do conselho consultivo da entidade e proprietário da São José Filial uma das 23 empresas que compõem o sistema de transporte da capital , os empresários esperam desde 2011 acesso ao contrato entre Urbs e Instituto Curitiba Informática (ICI) sobre a bilhetagem eletrônica. "Agora, em 2014, reafirmamos o pedido e ainda não recebemos. E nós recebemos por passageiro transportado. Se a bilhetagem não for confiável, além do passageiro que é prejudicado no cálculo, estamos sendo prejudicados por não receber o valor correto."
De acordo com Franceschi, as empresas não têm "acesso nenhum" ao número de passageiros que utilizam o transporte com cartão. "O que é pago com dinheiro fica na empresa. O resto, não temos acesso, nos é repassado pela Urbs depois dos devidos descontos."
O Setransp também alega que, quando o contrato do transporte foi firmado com a Prefeitura de Curitiba, em 2011, a Urbs informou às empresas haver um saldo R$ 100 milhões no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), proveniente de vale transporte vendido e ainda não utilizado. "A Urbs não tem dinheiro para nos pagar, e o fundo, que teria que estar com o dinheiro do transporte, também não. Onde foi usado? Nós não sabemos. Quem tem que verificar é uma auditoria independente, é o Ministério Público", afirma Franceschi.
Ele informa que os advogados dos empresários estão redigindo uma denúncia para ser protocolada junto ao MP, pedindo a auditoria no sistema de bilhetagem e no FUC. "Quanto mais entrou no fundo de três anos para cá? Nós não estamos conseguindo saber, teremos que acionar mecanismos legais." O Setransp também afirma ter protocolado na Urbs um pedido para acompanhar, junto com o MP, o cálculo tarifário.
Urbs descontou R$ 1,3 mi das empresasNa quinta-feira, a Urbs descontou R$ 1,37 milhão das empresas que operam o transporte coletivo, por descumprimento de indicadores de qualidade. Para o conselheiro do Setransp Dante Luiz Franceschi, a medida foi uma retaliação à liminar obtida pelos empresários na Jusiça, determinando que o órgão pague os R$ 9,6 milhões atrasados. O argumento é que os descontos foram feitos em meses aleatórios e apenas de algumas empresas. "Qualidade é um critério subjetivo. Quem determina o número de viagens, os ônibus em circulação é a Urbs. Nós não podemos pedir para colocar mais ônibus, a Urbs é que é a responsável por isso."
Em agosto do ano passado, o Setransp obteve liminar na Justiça, impedindo a Urbs de reter a remuneração das empresas em função do não cumprimento dos indicadores de qualidade do sistema. A ação foi movida pelo sindicato logo após a Urbs notificar as empresas de que passaria a reter previamente os 3% para aferir o cumprimento dos indicadores de qualidade.
AtrasosNa sexta-feira passada (14), o Setransp obteve liminar na Justiça, determinando que a Urbs quite os repasses atrasados em um prazo de cinco dias úteis, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A Urbs, que admite atrasos no pagamento, recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, na quinta-feira. O argumento é que o órgão gestor do sistema tem trabalhado para sanar o problema dos atrasos, inclusive, cobrando os repasses atrasados do governo do estado. Por meio de assessoria, a Urbs informou que espera que a posição do TJ saia até segunda-feira (24), quando vence o prazo estipulado pela Justiça para realizar os pagamentos.
No início da tarde, a Urbs informou que o presidente do órgão, Roberto Gregório, responderá as questões levantadas pelo Setransp em entrevista coletiva, às 16 horas desta sexta-feira.
Mais informações em breve.
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