O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) disse que estuda a possibilidade de ingressar com uma ação judicial para tentar conseguir uma tarifa técnica superior à estabelecida na semana passada. Enquanto a Urbs, responsável pelo gerenciamento do sistema de transporte na capital, definiu em R$ 3,66 o novo valor da tarifa técnica, as empresas reivindicam uma tarifa de R$ 4,09.
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A posição da prefeitura é de que o reajuste de 12% está dentro do previsto em contrato e não representará aumento no valor pago pelos passageiros. Contudo, segundo a Urbs, se fosse cumprido o valor pedido pelos empresários, os passageiros poderiam ter que tirar do bolso a diferença do aumento.
Até então, a tarifa técnica era de R$ 3,27 por cada passageiro/dia. Com o aumento, a projeção da Urbs é de que as empresas de ônibus deverão receber cerca de R$ 64,7 milhões por mês – montante variável conforme o número de usuários por quilômetro rodado. A tarifa técnica é reajustada anualmente.
Caso a tarifa fosse a pedida pelos empresários, a Urbs explica que não teria como garantir os mesmos R$ 3,70 para os usuários – já que isso demandaria outros estudos e cálculos. Para o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), “de maneira nenhuma significa valor de tarifa para o usuário”. O argumento do setor era de que a prefeitura poderia bancar o sistema com mais subsídios
O sindicato alega que o prejuízo no setor está ligado à projeção de passageiros. “Para o período tarifário anterior, a Urbs estimava que, em média, 18,8 milhões de usuários pagariam a passagem por mês. A realidade, porém, foi outra: 17,6 milhões. Isso significou um prejuízo anual de cerca de R$ 45 milhões às empresas”, diz o Setransp em nota.
Na semana passada, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) disse que “espera que não” tenha aumento na tarifa do transporte coletivo na cidade. Segundo ele, o poder público municipal trabalha para que o valor pago pelos passageiros continue o mesmo.
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