A Urbanização de Curitiba (Urbs) tem um débito de R$ 3,2 milhões com as empresas que operam o sistema de transporte da capital e região metropolitana. O atraso no repasse da verba ocorre dois dias antes do pagamento do adiantamento salarial - o vale - a ser depositado aos motoristas e cobradores do transporte no dia 20 de setembro.
A reportagem da Gazeta do Povo apurou, inicialmente, que a dívida da prefeitura seria de R$ 2 milhões, referente a um dia de operação da Rede Integrada de Transporte (RIT). Esse valor, que deve ser reposto diariamente aos empresários, ocorre por causa da diferença entre a tarifa cobrada dos usuários (R$ 2,70) e a tarifa técnica, que é o custo real do sistema de transporte por passageiro (valor que está em R$ 3,18).
O valor, entretanto, seria ainda maior, segundo a Urbs, que culpa o governo do Paraná pelo atraso no pagamento. A dívida estaria em R$ 3,2 milhões por causa do não pagamento da parcela mensal do subsídio pago pelo governo estadual no valor de R$ 7,5 milhões à prefeitura de Curitiba. Esse valor cobre o custo do transporte da RIT nas linhas metropolitanas.
Segundo a Urbs, a prefeitura conseguiu cobrir parte da dívida que o governo do estado tem com a RIT, o que fez o rombo diminuir para R$ 3,2 milhões. Por meio da assessoria de imprensa, a Urbs diz que aguarda o pagamento nos próximos dias do subsídio do governo do estado.
A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu informou que, no início desta semana, houve uma reunião entre Urbs, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e a Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná (Sefa) para acertar um cronograma de pagamento dessa dívida. No encontro, ficou decidido que até a próxima segunda-feira (22), será liquidada a dívida. Na terça-feira (16), foram pagos R$ 2 milhões à Urbs, segundo o Palácio Iguaçu. O restante (R$ 5,5 milhões) será pago no dia 22.
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, diz que, por enquanto, não há atrasos nos pagamentos dos funcionários do sistema de transporte.
Procurado, o sindicato que representa as empresas de ônibus (Setransp) se limitou a confirmar a existência do débito. O sindicato, porém, preferiu não entrar em detalhes sobre o assunto.
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