Umuarama Laudicéia Cassim, de 21 anos, já tinha feito de tudo um pouco nessa vida. Trabalhou de diarista, empregada doméstica e ajudante de loja. Mas uma coisa ela nunca tinha conseguido fazer: ter seu primeiro registro na carteira de trabalho. Foi só por meio do Primeiro Emprego que ela chegou lá. Laudicéia foi a última participante do programa até o momento em sua cidade, Umuarama, no Noroeste do estado.
E foi por meio do programa que ela descobriu a sua verdadeira profissão: vendedora. O primeiro emprego formal de Laudicéia foi na função de vendedora na Loja Americana, que atua no ramo de confecções, no Centro de Umuarama. O dono da empresa, Nabil Bassit Haurani, diz que achou o programa interessante porque o governo custeia R$ 1.500 ao ano para ajudar no salário. Laudicéia trabalhou exatamente um ano na loja. Ela diz que recebia o piso dos comerciários, que é de R$ 445 no município.
Quando completou um ano no programa, há quatro meses, ela arrumou o segundo emprego. Com um salário maior e numa loja mais perto da sua casa, na Praça dos Xetá. O único desafio foi assimilar a mudança. De vendedora de roupas ela passou a vendedora de materiais de construção. Mas diz que está se saindo bem. Ela não conta o salário, mas revela que melhorou bastante.
Casada há seis anos e com uma filha, Laudicéia afirma que o programa do governo federal abriu as portas do trabalho formal para ela. "É um programa que não pode parar e deveria ser levado a esses jovens que perdem o emprego porque nunca tiveram carteira assinada", comenta ela.
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