Nascentes do Iguaçu resistem à pressão urbana
As nascentes que vão formar o Rio Iguaçu estão em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. A área dos mananciais é protegida pela Sanepar, a Companhia de Saneamento do Paraná. No dia 10 de setembro deste ano foi publicado um decreto que trata da proteção dessa região, principalmente contra as ocupações irregulares. Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente e Ação Social da empresa, explica que a proposta é estabelecer uma área de ocupação bem rígida no entorno dos mananciais. Para ela, é preciso pensar no uso diferenciado porque os vazios urbanos acabam aumentando o risco de ocupação. "É melhor a ocupação de baixa densidade, com uso regular, do que as ocupações irregulares com impacto e sem controle", explica.
Já se passaram quase 500 anos desde que o primeiro europeu viu as Cataratas do Iguaçu. O ano era 1542 e o espanhol Don Alvar Núñez Cabeza de Vaca explorava o Novo Mundo. Para ele, as quedas surgiram como um sofrido obstáculo a ser superado. E o que mudou em todo esse tempo? As Cataratas continuam intransponíveis para as embarcações, mas o Rio Iguaçu, responsável por esse show da natureza, certamente não é o mesmo dos tempos de Cabeza de Vaca.
Hoje o que se vê é um rio com muito lixo na região metropolitana de Curitiba. Além disso, aproximadamente metade dele teve sua forma original alterada pelas usinas hidrelétricas. Mas o Iguaçu ainda impressiona pela sua beleza em vários trechos.
De hoje até o próximo domingo, a Gazeta do Povo mostra como está o rio, o maior do Paraná, que cruza o estado de leste a oeste. O trecho do Iguaçu em Curitiba já foi considerado o segundo mais poluído do país, perdendo só para o Tietê, em São Paulo. Nos seus aproximados mil quilômetros de extensão, ele se apresenta de formas variadas. O objetivo da expedição promovida pela Gazeta do Povo foi descobrir esse rio, sua história, suas vitórias e suas derrotas na luta pela sobrevivência. Foram pouco mais de 2,5 mil quilômetros percorridos por terra, além das muitas horas navegadas.
A consultoria para a realização da expedição foi feita pelo biólogo Tom Grando, sócio da GEO Tibagi, uma empresa de consultoria ambiental. Graduado em Ciências Biológicas e pós-graduado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná, ele se especializou em Políticas Ambientais Públicas pela Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional. Atualmente, Tom Grando é coordenador institucional da Liga Ambiental.
Ivã Avi também teve papel fundamental. Ele, que comanda a Ixion Geo Viagens e Aventuras, uma operadora de ecoturismo que iniciou suas atividades em 1994, foi o responsável pelo apoio logístico. O trabalho incluiu a definição de trajetos, locais de parada, separação de equipamentos, estrutura de alimentação. Ele também conduziu as embarcações. A expedição ainda contou com a participação do biólogo Adilson Brito, diretor da Lobo-Guará, que produziu imagens da viagem.
Serviço
Diariamente, até o dia 30, estarão disponíveis as imagens da expedição no site da Gazeta do Povo.
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