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As mães recebem fotos dos filhos com os detalhes natalinos para uma recordação futura, quando eles já estiverem recuperados | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
As mães recebem fotos dos filhos com os detalhes natalinos para uma recordação futura, quando eles já estiverem recuperados| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

O corpo minúsculo, a pele fininha e os fios que saem dos braços e pernas mal permitem um macacão, um sapatinho ou um vestidinho, e a saúde frágil ainda impede que passem o Natal em casa com os pais e irmãos.Mas isso não significa que os bebês da UTI neonatal do Hospital Evangélico vão passar a data em branco.

Esta semana, todos os "pequenos hóspedes" do espaço foram vestidos com gorrinhos vermelhos para celebrar a época de festa, com as mães atentas e dedicadas por perto. Além disso, ao lado dos pequenos berços também haverá lugar para árvores e luzes de Natal, lembrando que quem está internado também tem direito à celebração.

A ideia foi proposta pela enfermeira Ana Lúcia dos Anjos, que coordena as ações de humanização da UTI neonatal. "Queríamos dar um pouco de alegria para as mães, que veem as pessoas comemorando lá fora enquanto elas sofrem com a situação dos filhos. Era para que elas pudessem sorrir um pouco. E eles merecem."

Festa na UTI

Esta não é a primeira vez que Ana faz festa dentro do espaço. Na Páscoa, na Copa do Mundo de Futebol ou em outra comemoração, o espírito é o mesmo. As mães ficam orgulhosas, ainda mais porque, após a alta, todas recebem uma foto do filho, já sadio e mais gordinho, vestido com o gorro – ou, conforme a ocasião, com orelhas de coelho ou um enfeite verde e amarelo.

A dona de casa Simone Aparecida da Silva Rodrigues, de 37 anos, contava orgulhosa sobre a foto da filha, Quérem, que quando nasceu, com 7 meses e 1,4 kg, era tão frágil que a mãe nem podia carregá-la. Enquanto a filha se recupera, o gorrinho repousa ao lado dos pezinhos, que ainda sofrem com as picadas e fios de aparelhos.

A "colega de UTI" de Simone, a dona de casa Rute Franco, de 43, pretendia requisitar a foto de Fabrício, que nasceu com 3,2 kg e de 39 semanas, para colocar ao lado da foto dos outros cinco filhos que esperam ansiosos pela volta do irmão, que tinha alta prevista para ontem, no fim da tarde.

"Ficou uma graça", diz Rute, entre suspiros de alívio e palavras de conforto para a amiga. Caso passe o Natal na UTI, Simone diz que ao menos Quérem terá história para contar quando ficar mais velha. "Ela vai poder dizer que até no hospital ela fez festa", diz, enquanto promete a si mesma: "No Ano Novo, estaremos todos em casa."

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