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ENTREVISTA

Ensino médio ganha mais profundidade

O coordenador do curso de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Luiz Damon, e a professora Maria Olga Mattar, do curso de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, falaram à Gazeta do Povo sobre a obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia e Sociologia no ensino médio. "É uma ótima notícia que isso esteja acontecendo", diz Damon. Maria Olga destaca o fato de que nem todos podem fazer faculdade. "Quem tem o ensino médio tem de ter uma cultura média geral, mas os alunos estavam saindo meio crus", descreve.

Por que ficamos tanto tempo sem Filosofia e Sociologia?

Damon - Só depois do fim do regime militar, os movimentos puderam, aos poucos, se expressar e pedir a volta das disciplinas.

Maria Olga - Porque ninguém teve interesse em criar mais pessoas críticas. Tinham interesse em formar pessoas conformadas com tudo.

Quais foram as conseqüências disso?

Damon – Sob o ponto de vista de uma formação intelectual mais apurada, a qualidade do ensino diminuiu.

Maria - Pessoas mais vazias, sem crítica social e com menos profundidade, pessoas que acham tudo bom.

Qual a importância da volta das disciplinas?

Damon - Elas vão contribuir para uma qualificação maior da educação.

Maria Olga - Elas dão um pouco mais de profundidade ao ensino médio, que estava "boiando" muito. Assim, os alunos passam a entender melhor as coisas.

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