Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
litoral

Entenda o que está por trás da onda de ataques por águas-vivas no Paraná

 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
(Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

Em época de férias, nada mais comum que as praias do Paraná estejam cheias de turistas e ...águas-vivas . Sim, é verão, calor, águas mais quentinhas. Um combo perfeito para estimular a reprodução das medusas, que, nesta temporada, já fizeram recorde de vítimas no Litoral do estado.

Reportagem da Gazeta do Povo mostrou que, entre o dia 22 de dezembro e a última terça-feira (3), chegaram a 4.573 os casos de banhistas feridos por esse tipo de animal marinho. A maioria foi em praias de Matinhos (3.112), como Albatroz (433), Gaivotas (182) e Caiobá (231).

O biólogo Ariel Scheffer, da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), diz que o indicativo pode ser reflexo das consequências da pesca predatória e das mudanças climáticas – ainda que esta última hipótese seja a longo prazo. “Temos notado que a população de água viva aumentou e isso não é só no Brasil, mas no Peru, no Mediterrâneo, na África”, observa.

No caso do Paraná, um motivo a mais: isso pode estar ligado à mortalidade de tartarugas marinhas, um dos predadores das águas-vivas. “Elas morrem por conta da pesca ou pela poluição, baixa na qualidade da água. No Paraná, não vemos mais tartaruga se reproduzindo”, assinala Scheffer.

Ferimentos

As águas-vivas usam seus tentáculos para caçar as presas, geralmente larvas, crustáceos e peixes. Nesses tentáculos, existem milhões de células chamadas de nematocistos, que contêm um fio tubular enrolado que pode ser projetado para fora, e um líquido venenoso.

Dependendo da espécie, pode haver irritação, sensação de queimadura e até paralisia do sistema nervoso central. De quatro tipo, apenas dois são capazes de provocar lesões no homem.

A dica para evitar transtorno é, antes de tudo, se informar com guarda-vidas sobre a incidência de água-viva naquela área e observar se há algum animal morto na areia ou mesmo na água.

Caso haja contato com água-viva, deve-se lavar a área queimada com água salgada. O uso de vinagre também ajuda a aliviar a ardência na pele.

Sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômito, tontura e dificuldade respiratória podem indicar intoxicação grave e alergia. O recomendado é procurar atendimento médico de urgência.

Veja como ocorrem as queimaduras por água-viva:

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.