Rio de Janeiro Os corpos de três vítimas do acidente com o bimotor Seneca, que caiu na noite da última sexta-feira no Espírito Santo, foram enterrados ontem, no Rio. Três vítimas ainda não foram localizadas.
O bimotor era pilotado pelo major-dentista da reserva da Aeronáutica Alduíno Coutinho de Souza, 48 anos, e havia desaparecido minutos depois de decolar de Vitória. Souza e a família passariam o feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida em Porto Seguro (BA).
No fim de semana, foram encontrados os corpos de Ronilda Terezinha Oliveira de Souza, 48 anos, Alduíno Oliveira de Souza, 26 anos, respectivamente mulher e filho do oficial, e Luana Pimentel Guimarães Santos, 25 anos, namorada de Alduíno Oliveira. Ontem, os corpos de Ronilda e do filho foram enterrados no cemitério de Inhaúma. O corpo de Luana seguiu para o cemitério do Caju.
Permanecem desaparecidos, além do piloto, seu outro filho, Rafael Oliveira de Souza, 24 anos, e sua namorada, Fátima Campos Lopes, 26 anos. Equipes do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo e da Força Aérea Brasileira (FAB) mantêm as buscas na região do acidente, na tentativa de localizar as vítimas e os destroços do bimotor, prefixo PT-ISF. A Marinha, que auxiliava o resgate, suspendeu os trabalhos.
Segundo a FAB, os sobrevôos precisaram ser interrompidos, ontem à tarde, devido às condições climáticas.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas da queda do Seneca.
Para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as investigações serão melhor desenvolvidas quando o avião for recuperado. Como o bimotor não tem caixa-preta, o painel e os motores são considerados os elementos mais importantes para a investigação sobre as prováveis causas do acidente. Nenhuma das partes centrais do avião foi localizada.
O painel costuma informar dados como velocidade, altitude e inclinação da aeronave no momento do acidente. O exame do motor pode indicar, entre outros fatores, se ele estava tracionado ou parado indício de que pode ter havido problema mecânico antes da queda.