O corpo de Jorge Guilherme Marinho Martins, filho do comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Jorge Luiz Thais Martins, foi enterrado na manhã de ontem. Aproximadamente mil pessoas estiveram no Cemitério Municipal Água Verde. Jorge Guilherme, 26 anos, foi assassinado na manhã de quinta-feira durante uma tentativa de assalto no bairro Boqueirão.
A cerimônia do sepultamento terminou pouco antes das 11 horas, e foi marcada por um sentimento profundo de tristeza dos presentes, segundo o major Carlos Alberto Mascarenhas Machado, relações-públicas do Corpo de Bombeiros. O tráfego chegou a ficar lento nas proximidades do cemitério por volta das 10 horas, por causa do grande número de veículos que chegavam, e um agente de trânsito teve de ser deslocado para a região para controlar a situação. A estimativa da Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A.(Urbs) é de que aproximadamente mil pessoas acompanharam o enterro.
Na quinta-feira, durante o velório, o tio do rapaz, Mário Martins, que é coronel da Polícia Militar (PM), contou ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPCTV, que o sobrinho sonhava em ser atleta profissional. "Ele era um grande atleta, treinou no Atlético Paranaense, aí desistiu de jogar futebol de campo; foi para a Itália, para Portugal, jogou futebol de salão lá. No ano passado decidiu voltar porque não aguentava mais ficar longe da família", lembrou.
Crime
De acordo com a Polícia Militar (PM), Martins foi assassinado depois de reagir a um assalto. O rapaz estava em um Gol e levava para casa a namorada Jéssica de Andrade Casas, 21 anos. Conforme a Agência Estadual de Notícias, órgão oficial do governo do estado, Martins entregou a chave do veículo ao assaltante e desceu do carro. Jéssica teria tido dificuldades para soltar o cinto e o bandido teria atirado nela com uma pistola calibre 765.
Ao ver a namorada ferida, o rapaz teria lutado com o agressor, que atirou mais três vezes. Gravemente ferido, o jovem deu a volta no carro e caiu ao lado da porta do passageiro, onde morreu. A moça está internada no Hospital Vita Batel. De acordo com boletim médico divulgado na tarde de sexta-feira, o estado de saúde de Jéssica é estável e ela não corre risco de morrer. A jovem deve passar por uma cirurgia hoje para retirada da bala alojada no tórax.
De acordo com Dirceu Shactae, delegado-chefe da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), até ontem não havia nenhum suspeito do crime identificado. "Estamos esperando a Jéssica receber alta para colher o depoimento dela, que é a principal testemunha", explica o delegado.