A entidade de defesa dos consumidores Proteste iniciou nesta semana uma coleta de amostras para analisar a qualidade da água na capital paulista.
O objetivo, segundo a Proteste, é checar se a água fornecida pela Sabesp aos consumidores mantém os padrões de qualidade depois que a empresa passou a usar o segundo volume morto reserva abaixo do nível de captação das represas.
Alguns especialistas desconfiam que essa reserva possa ser imprópria para o consumo por ficar nas áreas mais profundas dos reservatórios. Outros dizem que são necessários mais produtos químicos no tratamento.
Parte dos consumidores, com receio desde o uso do primeiro volume morto, até mudaram seus hábitos.
A coleta de amostras será feita na casa de consumidores escolhidos pela Proteste aleatoriamente, em todas as regiões da cidade, abastecidos pelo sistema Cantareira. A análise, que mede a presença de metais pesados ou de coliformes, por exemplo, deve levar cerca de 20 dias.
Em julho, depois que a Sabesp passou a usar a primeira cota do volume morto no abastecimento, análises feitas pela Proteste com a mesma metodologia não indicaram alteração na qualidade.
Cartilha
A Proteste também lançou uma cartilha para orientar os consumidores sobre seus direitos durante a crise da água.A publicação on-line está disponível no site da entidade e pode ser baixada gratuitamente.
Ela aponta, por exemplo, que o Código de Defesa do Consumidor assegura o direito de saber com antecedência em que períodos haverá interrupção do abastecimento de água.
Também há informações sobre como garantir a qualidade da água eventualmente adquirida de fornecedores particulares, como caminhões-pipa, em caso de racionamento.Ainda lista medidas individuais e coletivas que podem ser adotadas para evitar os transtornos da estiagem.
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