Entidades de defesa de direitos humanos cobraram nesta quinta-feira (22) do Ministério Público um posicionamento para garantir a “autonomia e segurança” do delegado responsável pela prisão de um sargento da PM suspeito de torturar um assaltante na zona leste de São Paulo.

CARREGANDO :)

O texto, assinado pelo grupo Tortura Nunca Mais e outras oito instituições, pede que a Promotoria torne pública sua posição contra casos de tortura. O pedido acontece após o delegado Raphael Zanon ser hostilizado por policiais militares após dar voz de prisão ao sargento Charles Otaga.

Para juiz, PM preso na zona leste de SP por tortura demonstrou ‘perversidade’

Leia a matéria completa
Publicidade

“Não há dúvida que o objeto de tanta indignação por parte daqueles que apoiam o sargento preso é a legitimidade da prática do crime de tortura por agentes do Estado. Prova disso é o fato de constantemente ocorrerem prisões de policiais militares sem que haja qualquer manifestação de tal natureza”, afirma o texto das entidades.

Em outro documento divulgado, o grupo pede que a Promotoria e a Justiça “assumam seus papéis fundamentais para a apuração e responsabilização dos atores envolvidos na prática da tortura e no controle da atuação policial”.

“Não podemos aceitar que um agente do Estado, de qualquer setor, do cargo mais baixo ao mais alto na hierarquia do poder público, possa ficar impune à eventuais práticas de atos contra direitos tão básicos da população como a dignidade e a integridade física.”

O caso aconteceu entre a noite de terça (20) e a madrugada de quarta (21) na zona leste de São Paulo.

Publicidade

O desentendimento mobilizou dezenas de policiais armados e foi seguido de alertas das duas corporações de que a relação entre militares e civis está ruim e tende a se tornar ainda mais hostil.