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A Comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio e representantes de 68 movimentos sociais solicitaram nesta quinta-feira (5) ao governo do Estado informações precisas sobre o número de óbitos nas operações policiais realizadas desde 17 de outubro, quando um helicóptero da Polícia Militar explodiu ao fazer um pouso forçado depois de ser atingido por tiros disparados por traficantes. O pedido inclui ainda a identificação de todos os mortos. Segundo a PM, na semana que se seguiu ao fato o número de mortos era de 35, sendo três PMs, três inocentes e 29 criminosos.

"Nós temos informações de pessoas de comunidades onde aconteceram as operações de que houve mais mortes do que a polícia revela. No discurso do combate às drogas, os policiais entram nas comunidades para revidar e travam combates. Os indivíduos que morrem não aparecem", disse a advogada Fernanda Vieira, do Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola.

As entidades civis reclamam do que chamam de "revide" e condenam a "política de segurança pública baseada no extermínio e na criminalização da pobreza, que desconsidera a vida humana e coloca os agentes policiais em situação de extrema vulnerabilidade".

A solicitação foi entregue ao subsecretário estadual de Inteligência, Rivaldo Barbosa de Araujo Junior, já que o secretário José Mariano Beltrame estava em Brasília. Em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública, no centro do Rio, manifestantes colocaram 40 cruzes pintadas de branco em vasos de planta para representar os mais de 40 mortos nos confrontos. Nas cruzes havia interrogações, para demonstrar que nem todos os mortos foram identificados.

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