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Entre 2015 e 2021, Brasil gastou menos com educação que a média de países da OCDE, diz relatório 
O Brasil só não reduziu o montante enviado para a educação infantil, que teve os gastos aumentados em 29% em relação ao PIB| Foto: Hedeson Alves/Arquivo ANPr

De acordo com dados do estudo Education at a Glance 2024, divulgado nesta terça-feira (10) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil reduziu os investimentos em educação em 2,5% por ano, entre 2015 e 2021. Enquanto isso, os países da OCDE aumentaram, na média, o gasto com educação em 2,1% por ano, no mesmo período.

O Brasil só não reduziu o montante enviado para a educação infantil, que teve os gastos aumentados em 29% em relação ao PIB, entre 2015 e 2021. No mesmo período, a alta média dos países da OCDE foi de 9%.

Gasto por segmento

Ainda, de acordo com o relatório, o gasto médio anual do Brasil por aluno em instituições públicas de ensino Fundamental I é de US$ 3.668,00. A média de gasto dos países da OCDE é de US$ 11.914,00.

Em relação ao Fundamental II, o gasto médio do Brasil é de US$ 3.745,00. O gasto médio dos países da OCDE é de US$ 13.260,00.

No ensino médio, o gasto anual do Brasil por aluno é de US$ 4.058,00 em média. Na OCDE, o gasto médio dos países por aluno do ensino médio é de US$ 12.713,00.

Na educação superior, o gasto do Brasil ficou mais próximo da média dos outros países. São US$ 13.569,00 anuais por aluno nas universidades públicas. O mesmo gasto médio dos países da OCDE é de US$ 17.138,00.

Apesar de o relatório não especificar o valor gasto pelos países com educação infantil, o documento afirma que o segmento “tem recebido muita atenção nos últimos anos devido à sua importância, especialmente para crianças de famílias carentes”.

“A educação infantil pode ajudar a reduzir as lacunas de desenvolvimento que colocam algumas crianças em desvantagem quando se matriculam na escola primária”, diz outro trecho do relatório.

Taxa de matrículas na educação infantil

A taxa de matrícula na educação infantil no Brasil ficou em 90%. O percentual é próximo da taxa média dos países desenvolvidos que, segundo a OCDE, é de 96%.

“Embora a maioria das crianças e jovens participem da educação nos anos anteriores e posteriores ao ensino obrigatório, nem todos o fazem. Para aumentar o número de matrículas nos primeiros anos ou entre os jovens, doze países membros da OCDE e países em vias de adesão aumentaram a duração do ensino obrigatório na última década”, ressaltou o relatório ao se referir ao tema da educação infantil.

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