Entre o crime e a conversa

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Tanto o médico veterinário Leonardo Nápoli quanto a presidente da ONG Movimento SOS Bicho, Rosana Vicente Gnipper, concordam que nada justifica a violência e, pior, a morte dos animais. Entretanto, ambos são unânimes também na questão de que o proprietário de animais deve ter consciência que eles não devem causar incômodo algum a terceiros, principalmente vizinhos.

Para ambos, a primeira decisão para se evitar a ação extrema e criminosa de morte dos animais é a conversa. Quem se sente incomodado tem todo o direito de reclamar e quem cuida dos animais tem o dever de tomar providências para evitar o desconforto. "Não existe nenhuma lei que delimite a quantidade de animais que uma pessoa pode ter. Mas nada justifica os animais causarem transtornos a outras pessoas", salienta Rosana.

Se não se chegar a um consenso, Rosa afirma que quem se sente incomodado tem o direito de encaminhar uma reclamação à prefeitura ou mesmo procurar a Justiça. "O que não se justifica é a morte dos animais", enfatiza.

Para evitar essa situação, Napóli aponta alguns cuidados que os proprietários devem ter a fim de evitar transtornos a terceiros e evitar de expô-los ao risco do envenenamento. "O ideal, no caso dos gatos, é que a área onde eles vivem seja fechada por telas, para evitar que eles circulem fora do terreno", indica. Além disso, os animais devem também ser castrados para haver controle de natalidade.