Polícias Civil e Militar ainda discordam sobre a entrega das armas recolhidas no local em que um policial militar morreu e outros dois ficaram feridos, na madrugada do último domingo (28). O armamento é peça-chave para a solução do crime. Quase três dias depois da ocorrência, a Delegacia de Homicídios (DH), que trabalha na investigação do caso, ainda aguardava o recebimento das armas. E a espera deve continuar. Na tarde desta terça-feira (1º), a Polícia Militar (PM) confirmou que o armamento não será mesmo levado para a DH. A própria PM vai enviar o material para perícia e depois vai encaminhar o laudo para a Polícia Civil.
O major Everon Puchetti, chefe da Comunicação Social da PM, afirmou que uma norma prevista no Código Penal Militar justifica a medida tomada pela corporação. "Esta legislação prevê a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) quando há um confronto que envolve exclusivamente policias militares. Como estamos com o IPM, nós vamos enviar as armas para os exames técnicos", explica Puchetti.
Até as 17h, o delegado chefe da Homicídios, Hamilton da Paz, não havia recebido um comunicado da PM sobre esta decisão. Um ofício da DH solicitando as armas chegou a ser enviado para o comando da PM na manhã de segunda-feira (30). O material é considerado fundamental no esclarecimento do crime. "Temos o projétil extraído da vítima fatal. Com o resultado do exame de balística que deve ser feito nas armas, vamos saber de onde vieram os disparos criminosos", diz o delegado.
Para Paz, como os três PMs não estavam em serviço, o crime é considerado comum, ou seja, de responsabilidade da Polícia Civil. "Em casos como este, o procedimento padrão indica que as armas devem ser entregues imediatamente para a delegacia, o que acabou não acontecendo", afirma. No entanto, ele evita criar polêmica. "O IPM não impede que uma investigação na delegacia seja instaurada. Não há porque haver discussão sobre isso. O mais importante é que o caso seja solucionado", defende Paz
Confusão em frente a um bar
O soldado da PM, Alexandre Magnus Leal da Silva, que trabalhava no 12º Batalhão, foi morto com dois tiros em frente a um bar localizado na Rua José Loureiro, no Centro de Curitiba, por volta das 4h de domingo. Outros dois PMs que estavam no local também foram baleados e encaminhados para o Hospital Cajuru.
Existe a suspeita de que uma briga entre os próprios oficiais tenha ocasionado a morte no local. A irmã da vítima fatal contou no domingo que o irmão não estava em serviço no momento do crime. De acordo com uma testemunha encontrada pela Gazeta do Povo, o bar costuma ser bastante frequentado por policiais e naquela madrugada houve uma briga. "Os que estavam brigando foram tirados do bar e depois foram brigar com os seguranças na rua. Ele [Silva] desceu para parar a briga", contou um frequentador do bar que não quis se identificar. As circunstâncias que levaram o policial a ser baleado são investigadas pela DH e também por um Inquérito Policial Militar instaurado na segunda.
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