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Rua Maria da Conceição Teixeira de Souza, na Vila Divinéia,  é umas  que apresentam entulho acumulado | Débora Mariotto Alves/Gazeta do Povo
Rua Maria da Conceição Teixeira de Souza, na Vila Divinéia, é umas que apresentam entulho acumulado| Foto: Débora Mariotto Alves/Gazeta do Povo

Às vésperas do início do Verão, Paranaguá, no Litoral do Paraná, é campeã de casos confirmados de dengue no Paraná. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), são 294 diagnósticos. A epidemia fez com que o município incentivasse os moradores a colocar entulhos na frente de casa e a promessa era de que o caminhão da coleta iria recolher os resíduos. Mas não é o que vem ocorrendo em algumas partes da cidade.

Matéria no site da Prefeitura de Paranaguá informa que moradores deveriam colocar o lixo para foraReprodução/Site da Prefeitura de Paranaguá

As rádios locais e o site da prefeitura foram usados na divulgação da medida. Mas, quase três semanas depois, várias regiões ainda não receberam a visita dos equipamentos que fariam o recolhimento. Os moradores reclamam da falta de clareza da prefeitura. “Eles disseram que era pra colocar tudo pra fora. Nós fizemos o que foi pedido, minha calçada ficou imunda e até agora nada. Minha vizinha ligou para a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) e eles disseram que vinham retirar, mas ainda não apareceram. Não tem nem cabimento recolher todo o lixo novamente”, relata Ivonete Reis, moradora da Vila Divinéia. Ela teme que o recesso de fim de ano estenda o problema para 2016. “Resumindo o sucesso da ação [da prefeitura]: lixo acumulado pela cidade toda, o que, muito provavelmente, ocasiona o aumento ao invés da diminuição dos focos [de dengue]”, lamenta Marcelo Reis, filho de Ivonete.

A região com maior número de casos é a Ponta do Caju, que fica ao lado do Estádio Fernando Charbub Farah e perto do centro da cidade, com 61 casos.

Casos confirmados

Após Paranaguá, aparecem Foz do Iguaçu e Londrina, com 174 e 106 casos confirmados, respectivamente. Já o boletim divulgado pela prefeitura da cidade litorânea, no último dia 15, mostra que já são 367 casos em Paranaguá.

O Aedes aegypti transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya. O medo que as outras duas doenças cheguem à região fez com que muitos fossem às ruas participar do mutirão contra a dengue, promovido pela prefeitura no final do mês de novembro.

Praça tem água acumulada

Perto da Ponta do Caju, a Praça 29 de Julho, onde acontecem os principais eventos da cidade, há água parada. As “piscinas” da praça, antigamente, tinham chafarizes, mas, atualmente, possuem água empoçada, servindo de criadouro para novas larvas do mosquito.

Outro lado

A Prefeitura e Paranaguá diz, em nota, que o mutirão realizado no fim de novembro recolheu, nos dois dias de trabalho, “uma média diária de 133 toneladas de entulho em toda a cidade”. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a retirada dos entulhos segue até sexta-feira (18) e todos os bairros da cidade já foram visitados. “Mas continua havendo descarte incorreto de resíduos em vários locais”, destaca. A “forma correta” citada pela prefeitura seria que o cidadão alugasse caçambas para levar o entulho. Mas, nesse caso, as pessoas não fizeram isso, já que a administração divulgou que iria recolher.

Ainda de acordo com a prefeitura, há sete caminhões e três pás carregadeiras realizando o serviço de coleta de entulhos. A partir de segunda-feira (21), mais oito caminhões e três pás carregadeiras serão acrescentadas à operação.

Sobre as piscinas da Praça 29 de Julho, o município esclareceu que fez o escoamento da água e que checa os locais após as chuvas.

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