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Enxurrada leva pontes e isola agricultores

Edson Camargo, secretário de Agricultura de Nova Tebas, mostra ponte que foi levada pela enxurrada. Municípi o decretou estado de emergência | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
Edson Camargo, secretário de Agricultura de Nova Tebas, mostra ponte que foi levada pela enxurrada. Municípi o decretou estado de emergência (Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo)

Nova Tebas - Cerca de 500 produtores rurais de três comunidades de Nova Tebas, na região Central do estado, estão completamente isolados em suas propriedades depois que dez pontes foram levadas pelas enxurradas do último sábado. Funcionários da prefeitura e agentes de saúde tentaram chegar às comunidades de Água da Abelha, Rio Pequeno e 5 de Julho, mas foram vencidos pelo barro das estradas rurais e pela falta de pontes. O temporal interditou estradas rurais e matou diversos animais afogados.

O agricultor Lauro França da Silva, 61 anos, teve a casa invadida pelas águas do Rio Vorá e perdeu galinhas, bezerros e porcos, além de sacas de milho e cerca de 200 litros de leite prontos para serem vendidos. O agricultor foi obrigado a jogar fora a televisão e a geladeira. "Não sobrou nada das economias de vários anos. Molhou tudo que tínhamos dentro de casa", conta. Apesar do prejuízo, Silva se diz feliz por ter conseguido salvar o filho e a mulher. "Lutei contra a força da natureza e graças a Deus consegui segurá-los pelos cabelos", lembra, emocionado. Silva agora precisa dar uma volta de 30 quilômetros para chegar até a cidade de Nova Tebas. "Estamos ilhados. Para sair de casa e ir até o vizinho, somente a cavalo", comenta. Ele e a mulher foram obrigados a guardar as carnes congeladas em um freezer de um vizinho.

Eufrides Picheka, 63 anos, observou, da janela de sua residência, a enxurrada levar parte da produção de milho. "Não tinha o que fazer. Nunca vi nada igual ao temporal de sábado, foi assustador", relata. Por causa de barreiras e árvores derrubadas ao longo de uma estrada rural de acesso à comunidade Alto da Boa Vista, o agricultor Neno Paulista, 58 anos, foi obrigado a dar uma volta de 30 quilômetros para chegar à propriedade de parentes. "Se não fosse essa barreira, andaria cerca de cinco quilômetros", reclamou. Por causa dos estragos no município, a prefeita Heloisa Ivaszek Jensen (PRTB), decretou estado de situação de emergência. "Sem a ajuda do governo, a prefeitura não tem como consertar os estragos", disse.

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