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| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O carnaval no Litoral do Paraná já sofreu impactos por causa do mosquito Aedes aegypti neste ano. Em Paranaguá, as festas foram suspensas por causa da epidemia de dengue e o público esperado na cidade portuária deve ser distribuído por outras cidades da região.

Em Matinhos, por exemplo, a prefeitura espera mais de 500 mil pessoas para o carnaval da cidade. Em Pontal do Paraná, a estimativa é de 150 mil foliões, 30 mil a mais do que o normal, segundo a administração municipal. Já em Guaratuba, a expectativa é reunir 750 mil foliões entre a sexta e a Quarta-Feira de Cinzas.

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Paranaguá é a única cidade do Litoral do Paraná que enfrenta uma epidemia de dengue. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o município já registrou quatro mortes por dengue desde agosto de 2015. Foram notificados 2,9 mil casos, dos quais 956 foram confirmados, segundo o relatório da Sesa. A cidade também enfrenta problemas o chikungunya. Até agora foram dois casos confirmados e duas notificações.

Também houve notificações de chikungunya em outras cidades do Litoral: Guaratuba (1) e Pontal do Paraná (9). Pontal também já registrou uma notificação de zika vírus.

Alerta

Há casos notificados e até confirmados em outras cidades litorâneas. Em Antonina, por exemplo, foram 23 notificações e cinco casos confirmados desde agosto de 2015. A prefeitura chegou a suspender o carnaval, mas voltou atrás depois que a Sesa garantiu que não há risco de epidemia na cidade por enquanto. Para que seja considerada situação epidêmica, é preciso a confirmação de mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

As cidades de Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Pontal do Paraná também têm casos confirmados. Em Matinhos, há 19 notificações, mas até agora nenhuma confirmação.

Prevenção

Para chamar a atenção para a prevenção ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika e chikungunya, o governo do estado vai promover neste sábado (6) uma mobilização em todo o Paraná. A proposta da “Hora H”, que ocorre às 10 horas, é convocar a população para vistoriar suas casas e comércios e eliminar todo recipiente que possa acumular água e se tornar um criadouro do mosquito.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, mais de 90% dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde no Paraná estão dentro de residências e quintais. O principal vilão é o lixo, mas todo objeto ou local que possa acumular água precisa ser verificado e eliminado.

Muitos focos do mosquito são identificados em locais de pouca visibilidade, como em pontos ocos de árvores, ralos, reservatórios de água de geladeiras e calhas, por exemplo.

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